Polícia prende caseiro acusado de matar mãe de empresário na zona sul do Rio
Julio Reis
Do UOL, no Rio
02/08/2012 11h00
O caseiro Ênio Tomaz Rocha, 47, suspeito de ter matado a aposentada Alpha Dias Kieling, 77, foi preso na manhã desta quinta-feira (2). A vítima foi encontrada morta e enterrada no quintal de sua casa em São Conrado, zona sul do Rio, no domingo (29).
Após investigação, a Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil apontou o caseiro como autor do crime. Ele tinha as chaves da casa e trabalhava há cinco meses na residência. Na terça-feira (31), um mandado de prisão foi expedido pela Justiça autorizando a prisão temporária do acusado.
O laudo cadavérico que apontaria as causas e o momento da morte foi inconclusivo devido ao estado de decomposição do corpo. Um laudo complementar com o mesmo fim deve ficar pronto em 30 dias.
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De acordo com a Divisão de Homicídios, Ênio Tomaz Rocha foi preso quando caminhava pela orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio. Policiais do 23° Batalhão de Polícia (Leblon) o identificaram e deram voz de prisão, ele não ofereceu resistência e confessou ser o acusado. O caseiro já se encontra na DH (Barra da Tijuca).
Câmeras de vigilângia levam a suspeito
Segundo a polícia, o corpo da aposentada foi encontrada pelo filho dela, o empresário Ricardo Dannenberg, por conta do forte cheiro de decomposição. Dannenberg havia registrado o desaparecimento da mãe no dia 27 de julho na 15° Delegacia de Polícia (Gávea).
Antes de ser encontrada, Alpha estava desaparecida havia 10 dias. Para não dar margem a suspeitas, o caseiro teria informado que ela havia viajado para Teresópolis, na região serrana. A versão foi confirmada pelo filho da aposentada em depoimento.
O empresário, que mora em São Paulo, já teria estado na casa, mas não havia percebido nada estranho, já que não notou marcas de arrombamento, e, a princípio, não havia percebido sinais de assalto, mas alguns objetos e joias foram roubados.
Em mensagem publicada no Facebook, ele lamentou a morte da mãe e agradeceu a ajuda de parentes e amigos que estavam em busca de indicações do paradeiro dela. Segundo ele, sua mãe foi "vítima da violência que assola e banaliza todos". A aposentada foi enterrada na tarde de segunda-feira (30), no cemitério do Caju, zona portuária do Rio.
Ênio Tomaz da Rocha tem outras passagens pela polícia por roubo e furto, além de responder por homicídio de uma funcionária de uma creche em Botafogo em maio deste ano.