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Avenida da zona leste de São Paulo é liberada após protesto; circulação de trens volta ao normal

Confronto entre manifestantes e a polícia na avenida Jacu-Pêssego, zona leste de São Paulo, próximo a rodovia Ayrton Senna, fechou a via nos dois sentidos - Reprodução
Confronto entre manifestantes e a polícia na avenida Jacu-Pêssego, zona leste de São Paulo, próximo a rodovia Ayrton Senna, fechou a via nos dois sentidos Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

29/08/2012 19h07Atualizada em 29/08/2012 21h35

Após confronto entre manifestantes e a polícia, a avenida Jacu-Pêssego, na zona leste de São Paulo, próximo a rodovia Ayrton Senna, foi liberada na noite desta quarta-feira (29). A via ficou bloqueada por cerca de 1h30.

Apenas uma faixa de cada um dos sentidos está interditada para limpeza, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O trânsito na região, que chegou a registrar 18 km de lentidão, às 19h, caiu para 12 km, às 19h50.

Por volta das 17h35, os moradores da favela São Miguel Paulista, atingida por um incêndio nesta terça-feira (28), queimaram pneus e pedaços de madeira, causando o bloqueio das oito pistas da via, que estendeu-se até um trecho da linha 12-safira da CPTM.

A circulação dos trens entre as estações Brás e São Miguel, que foi interrompida por volta das 18h35, normalizou às 21h. Durante o período, a SPTrans deslocou 20 ônibus para suprir a demanda do trem.

Para dispersar os manifestantes, policiais militares da Força Tática chegaram a jogar bombas de efeito moral em direção às pessoas, que revidaram atirando pedras. De acordo com a Polícia Militar do Estado de São Paulo, um policial ficou ferido.

No incêndio de ontem, cerca de 55 moradias foram atingidas e 220 pessoas ficaram desabrigadas.

Outros incêndios

De acordo com cálculos dos bombeiros, ao menos 25 incêndios em favelas foram registrados neste ano --até a última sexta-feira (24)-- na capital. Durante todo o ano passado, foram 79.

Segundo o tenente Marcos Palumbo, os incêndios ocorrem, em grande parte, pela combinação entre clima seco e ligações de energia elétrica irregulares, os chamados “gatos”.