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Outra testemunha contradiz amigo de Bruno que citou morte de Eliza e recuou

Frederico Franco (centro), advogado do ex- motorista do goleiro, fala a jornalistas na saída do  fórum - Washington Alves/UOL
Frederico Franco (centro), advogado do ex- motorista do goleiro, fala a jornalistas na saída do fórum Imagem: Washington Alves/UOL

Guilherme Balza

Do UOL, em Contagem (MG)

21/11/2012 14h07

A testemunha Marcos Vinicius Clarindo contradisse nesta quarta-feira (21) um depoimento de Cleiton Gonçalves, amigo e ex-motorista do goleiro Bruno Fernandes. Em junho de 2010, Cleiton disse à polícia ter ouvido de Sérgio Rosa Salles, primo do goleiro, que “Eliza já era”, mas voltou atrás ao ser interrogado na última segunda-feira (19), no Tribunal do Júri.

À polícia, Cleiton afirmou que estava alcoolizado em 10 de junho de 2010, quando Salles lhe teria confidenciado a morte de Eliza e dito ainda que partes dela tinham sido jogadas a cachorros. A confidência teria ocorrido dentro do ônibus que levava o time de Bruno do Rio de Janeiro para Minas Gerais. O veículo partiu do Rio por volta de 22h.

O ex-motorista de Bruno afirmou que estava bebendo desde as 15h e, portanto, pode ter se equivocado na conversa com Salles. No depoimento de hoje, Marcos Vinicius, que estava no ônibus, negou que Cleiton estivesse alcoolizado e que bebia desde as 15h.

“A gente só tomou uma cervejinha antes de entrar no ônibus”, disse, após questionamento do promotor Henry Castro. Quando o promotor perguntou se Salles e Cleiton estavam lúcidos, a testemunha respondeu enfaticamente que sim.

O ex-caseiro do sítio do goleiro em Esmeraldas, João Batista Guimarães, também contradisse a versão. Questionado pelo promotor Henry Castro, Batista afirmou que o interrogatório ocorreu com tranquilidade e que Cleiton não usava algemas. O caseiro acompanhou o depoimento de Cleiton à polícia.

“Foi muito tranquilo”, disse. “Ele [Cleiton] estava à vontade”, acrescentou a testemunha, negando que Cleiton tenha sido ameaçado pelos policiais durante o interrogatório.