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Advogado diz que Macarrão responderá como coautor do homicídio

O réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acompanha o julgamento dele pelo desaparecimento de Eliza Samudio na sala de audiência do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (MG) - Douglas Magno/UOL
O réu Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acompanha o julgamento dele pelo desaparecimento de Eliza Samudio na sala de audiência do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (MG) Imagem: Douglas Magno/UOL

Rayder Bragon

Do UOL, em Contagem (MG)

22/11/2012 06h48

O advogado Leonardo Diniz, defensor de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, afirmou, nesta quinta-feira (22), após o réu ter confessado participação na trama que teria resultado na morte de Eliza Samudio, que agora seu cliente responderá como coautor do crime de homicídio.

“Ele confessa ter participado do crime de homicídio. Seria uma coautoria”, disse. Para Diniz, cabe aos jurados avaliar qual foi o papel de Macarrão no crime. “Cada um responde pela sua culpabilidade. O Conselho de Sentença irá decidir qual foi a participação dele.”

De acordo com o advogado, Macarrão responderá por ter levado Eliza Samudio para que ela fosse morta, conforme dito por ele no interrogatório. 

O defensor, no entanto, negou que tenha havido um acordo com o Ministério Público para que ele confessasse a participação no crime.

VEJA O QUE É APRESENTADO NO JULGAMENTO DOS ACUSADOS

RÉUACUSAÇÃOO QUE DIZ O MPO QUE DIZ A DEFESA
BRUNO *Responde pelos crimes de sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáverMentor e mandante da morte de Eliza, ameaçou-a de morte durante a gravidez. O goleiro determinou que Eliza fosse sequestrada e levada a sua casa, no Rio de Janeiro. Acompanhou o deslocamento de Eliza, já sequestrada e ferida na cabeça após receber coronhadas, para MinasNega a existência do crime. Eliza não foi morta porque não há corpo. Anteriormente, havia reconhecido a morte de Eliza, mas sem a participação, concordância ou o conhecimento do goleiro. A atribuição do crime havia sido dada a Macarrão, insinuando que o ex-braço direito nutria um “amor homossexual” pelo jogador
MACARRÃOResponde pelos crimes de sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado, e ocultação de cadáverTambém ameaçou Eliza durante a gravidez e foi o responsável pelo sequestro da moça no Rio de Janeiro. Foi o motorista do carro, com Eliza e o filho, na viagem para Minas Gerais. Dirigiu o veículo que transportou a moça até a casa de Bola. Amarrou as mãos de Eliza e desferiu chutes nas pernas da moçaNão existem provas materiais do crime de homicídio. Ele declarou que, Para evitar “especulações”, não adianta detalhes da estratégia de defesa a ser adotada
BOLA*Responde pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáverExecutor de Eliza, estrangulou a jovem dentro de casa, em Vespasiano. Esquartejou o corpo da mulher e atirou uma das mãos a cães rottweiler. Foi incumbido de desaparecer com o corpoNega as acusações e afirma que apresentará “prova cabal” aos jurados, durante o julgamento, da inocência de Bola
DAYANNE *Responde pelos crimes de sequestro e cárcere privado da criançaParticipou da “vigilância” feita sobre Eliza e o filho no sítio do goleiro em Esmeraldas, apontado pela polícia como o cativeiro de Eliza antes de sua morte. Sabia do plano para matar a ex-amante do jogador. Tentou desaparecer com o filho de Eliza, localizado posteriormente pela polícia em Ribeirão das NevesNega que Dayanne soubesse do plano para matar Eliza, ela apenas cuidou da criança depois de um pedido do ex-marido. Sobrevivência do filho de Eliza se deu graças a Dayanne
FERNANDAResponde pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho delaOutra ex-amante de Bruno, auxiliou Macarrão a manter Eliza dentro da casa do goleiro no Rio antes da viagem para Minas. Cuidou do filho de Eliza nesse período e acompanhou Bruno e Macarrão na ida para Minas. Sabia da intenção do grupo de matar ElizaÉ inocente, não sabia de nenhum plano para matar Eliza. Não presenciou um cenário que remetesse ao crime atribuído a ela. A viagem a Minas Gerais com o goleiro havia sido programada um mês antes do crime. Não notou ferimentos em Eliza
  • * Os advogados de Bola abandonaram o julgamento. Como Bola recusou a indicação de um defensor público, ele deverá ser julgado em outro momento. Bruno também adotou a mesma tática e conseguiu adiar o seu julgamento e de sua ex-mulher Dayanne