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Morre policial de UPP que levou tiro na cabeça no Complexo do Alemão, no Rio

O período anterior à ocupação do Complexo do Alemão foi marcado por uma onda de violência. Vários ônibus foram queimados pela cidade. - Fernando Quevedo / Agência O Globo
O período anterior à ocupação do Complexo do Alemão foi marcado por uma onda de violência. Vários ônibus foram queimados pela cidade. Imagem: Fernando Quevedo / Agência O Globo

Júlio Reis

Do UOL, no Rio

06/12/2012 12h52

Morreu na madruga desta quinta-feira (6) o cabo Fábio Barbosa, 38, atingido por um tiro na cabeça na madrugada dessa quarta-feira (5) durante uma troca de tiros com criminosos da localidade conhecida como Areal no Complexo do Alemão, zona norte do Rio.

O cabo, que trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora do Alemão, fazia patrulhamento com um grupo de colegas quando foi surpreendidos pelo grupo armado. No confronto, Fábio ainda foi atingido por um tiro na perna.

Ele foi socorrido e levado para uma unidade de pronto atendimento (UPA), encaminhado para o Hospital Getúlio Vargas e depois transferido para o Hospital Central da Polícia Militar, zona norte do Rio, onde foi submetido a uma cirurgia na manhã de quarta, mas não resistiu ao ferimento provocado pelo disparo.

Esta é a segunda morte de policial no Complexo do Alemão registrada neste ano. Em 23 de julho, a policial militar Fabiana Aparecida de Souza, 30, foi morta por um tiro de fuzil que perfurou o colete à prova de bolas atingindo-a no abdome.

Ela trabalhava no contêiner sede da UPP Nova Brasília, localizada no complexo de favelas do Alemão, zona norte do Rio, e que havia sido inaugurado duas semanas antes.

No fim de novembro, alguns tiroteios foram registrados no Complexo do Alemão e da Penha. Num deles, o policial José Antônio de Oliveira Mesquita foi ferido perto das costelas, mas o colete à prova de balas evitou um ferimento mais grave.

Os confrontos coincidiram com o aniversário de dois anos da ocupação do conjunto de favelas do Alemão. Em 28 de novembro de 2010, policiais civis e militares e as Forças Armadas ocuparam o complexo. Desde julho deste ano o Exército se retirou da área, e o policiamento é feito pela Polícia Militar.