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Justiça faz primeira audiência sobre morte de primo do goleiro Bruno em Minas Gerais

Sérgio Rosa Salles é recebido por uma das irmãs ao deixar a prisão, em julho de 2011 - Rodrigo Clemente/O Tempo/Futura Press
Sérgio Rosa Salles é recebido por uma das irmãs ao deixar a prisão, em julho de 2011 Imagem: Rodrigo Clemente/O Tempo/Futura Press

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

10/12/2012 16h29Atualizada em 10/12/2012 19h34

A Justiça de Minas Gerais realiza nesta segunda-feira (10) a primeira audiência de instrução do processo sobre a morte de Sérgio Rosa Salles, primo do goleiro Bruno assassinado em agosto deste ano em Belo Horizonte.

Ao todo, oito testemunhas de acusação e três de defesa estão sendo ouvidas pelo juiz sumariante do 1º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, Guilherme Queiróz Lacerda, no Fórum Lafayette, situado na capital mineira. A imprensa não tem acesso à sessão.

Salles era um dos réus no processo sobre a morte de Eliza Samudio, ex-amante do atleta, e seu assassinato, segundo a Polícia Civil mineira, teria sido por motivos passionais.  A corporação descartou uma possível ligação entre a morte dele e o caso da ex-amante do jogador.

De acordo com a assessoria do Fórum, o casal apontado como o responsável pela morte de Camelo, como era conhecido o primo do goleiro Bruno, deverá ser ouvido ao final do depoimento das testemunhas.

Caso não haja tempo hábil para o interrogatório de Alexandre Ângelo de Oliveira, 28, e Denilza Cesário da Silva, 30, o magistrado vai marcar outra data para o depoimento deles. Ao fim da fase de instrução do processo o juiz decide se pronuncia ou não os réus ao júri popular.

Sérgio Rosa Salles colaborou com a polícia na época da investigação do caso sobre o sumiço de Eliza Samudio e aguardava o julgamento do caso em liberdade. A morte dele ocorreu no dia 22 de agosto deste ano no bairro Minaslândia, região norte da capital mineira.

Tocaia

Segundo a polícia, Salles levou seis tiros após ser perseguido em ruas do bairro, quando saía para o trabalho, por Alexandre Oliveira, que estava em uma motocicleta. O acusado dos disparos teria armado uma “tocaia” para Salles depois de a mulher, que era a sua amante, revelar a ele ter sido assediada pelo primo do goleiro.

Ainda conforme a polícia, os acusados disseram que Salles teria tentando tocar as partes íntimas da mulher. No dia do crime, Oliveira havia determinado à mulher que passasse novamente pela rua de Salles. Conforme a polícia apurou, depois dos disparos, os dois fugiram na moto.

Os suspeitos da morte de Camelo foram presos no início de setembro. À época, o subcorregedor da Polícia Civil de Minas Gerais, Alexandre França Pena, informou que o casal se entregou porque ficou assustado com a repercussão do caso.

Em depoimento, Alexandre Oliveira e Denilza da Silva assumiram a autoria do crime e confirmaram que a motivação teria sido passional. Eles ainda disseram desconhecer que Salles era primo de Bruno, conforme havia dito o subcorregedor.

A investigação do caso foi assumida pela Corregedoria da Polícia Civil mineira por causa da suspeita de envolvimento de policiais na morte de Camelo, o que foi descartado pelo órgão.