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Dilma afirma que pretende construir 800 aeroportos regionais pelo Brasil

Do UOL, em São Paulo

12/12/2012 09h16

Durante participação nesta quarta-feira (12) no seminário "Brasil-França: desafios e oportunidades de uma parceria estratégica", realizado em Paris, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o país pretende construir 800 aeroportos regionais.

"Em algumas regiões só tem uma forma de chegar, e é por aeroporto. Nós queremos que as cidades com até 100 mil habitantes tenham aeroportos a cada 50 ou 60 km dela. Vamos fazer 800 aeroportos regionais", disse, quando respondia às questões de empresários franceses que participavam do evento.

A presidente disse que o país também investirá em ferrovias e na unificação dos governos para gerir os portos. "Além da China, nós somos o país que mais vai investir em ferrovias, somos um país continental. Sobretudo, temos que ter uma imensa dedicação com nossos portos", afirmou.

 

Dilma ressaltou a importância da parceria com a França e disse que a redução da vulnerabilidade externa e o mercado interno explicam os investimentos no país. "[Estamos] garantindo o equilíbrio macroeconômico. (...) Hoje somos credores globais", destacou.

Quando o assunto foi a Copa do Mundo de 2014, a presidente brincou dizendo que o Brasil quer ganhar o campeonato. "Nós temos a ambição de ganhar a Copa de 14, porque na última [que aconteceu no Brasil] nós perdemos para o Uruguai nos últimos 50 minutos. É um trauma nacional", disse, sorrindo.

Este é o último dia de Dilma em Paris. De lá, ela segue para a Rússia e, no domingo (16), estará presente da inauguração de um estádio em Fortaleza.

Desburacratização e redução de custos

O governo está buscando alternativas para reduzir o custo de se produzir no Brasil e quer desburocratizar a economia brasileira para aumentar a competitividade do país, de acordo com a presidente.

"Nós queremos uma economia desburoctratizada, e estamos empenhados em resolver também os gargalos históricos na nossa infraestrutura, gargalos que advém de 20 anos de políticas exclusivas de austeridade."

A presidente voltou a criticar a busca apenas pela austeridade fiscal como melhor forma de enfrentar a crise econômica e defendeu a combinação de cortes de gastos com medidas de incentivo ao crescimento econômico.

Dilma, que disse que o Brasil está fazendo a sua parte para combater a crise internacional aumentando os investimentos, afirmou que o governo também quer garantir a participação dos investidores privados no país.

"Queremos construir um ambiente extremamente seguro e amigável para o investimento privado. Tanto o investimento privado por si e também em parcerias público-privadas são essenciais para resolver os gargalos na nossa logística", disse.

A economia brasileira frustrou as expectativas do governo e do mercado ao crescer apenas 0,6 por cento no terceiro trimestre ante o trimestre imediatamente anterior.