Ex-comandante da PM diz ter se sentido com a obrigação de deixar o cargo após morte de Patrícia Acioli
O ex-comandante geral da PM (Polícia Militar) do Rio de Janeiro Mário Sérgio Duarte afirmou nesta terça-feira (29), durante julgamento do caso Patrícia Acioli, ter se sentido com a obrigação de deixar o cargo depois que o coronel Cláudio Oliveira, escolhido por Duarte para comandar o batalhão de São Gonçalo (7º BPM), foi acusado de ser o mandante do assassinato da juíza, em agosto de 2011.
"Era uma acusação sobre um comandante que havia sido escolha minha. Durante todo o período [no qual esteve à frente da corporação], eu fui o responsável por escolher cada comandante. Também havia algumas questões sendo suscitadas e levadas à Secretaria de Segurança Pública. Por isso, achei que era obrigação deixar patenteada a minha responsabilidade no processo de escolha", disse.
De acordo com o oficial, a DH (Divisão de Homicídios), responsável por elucidar as circunstâncias do crime, foi "imperativa" e "categórica" no momento de elencar os supostos criminosos, o que fez com que ele deixasse o cargo para que "o processo de política da segurança pública e de pacificação não fosse afetado".
Duarte disse ainda que esse o fato o levou a estudar minuciosamente o processo.
"Afinal de contas, esse crime encerrou a minha carreira. Eu vivia o melhor momento dos meus 32 anos de carreira. Eu me vi compelido a encerrá-la. A questão não se encerrou em mim. Junto comigo, saíram todos os coronéis da minha equipe, que participaram da pacificação no Rio de Janeiro. Muitos encerraram a sua carreira com pouco mais de 40 anos de idade", afirmou.
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