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Família comemora condenação de três réus do caso Patrícia Acioli

Julia Affonso

Do UOL, no Rio

30/01/2013 23h05

A família de Patrícia Acioli comemorou a condenação dos três réus que foram julgados por participação no assassinato da juíza, em agosto de 2011. O tribunal terminou nesta quarta-feira (24), por volta das 22h. A mãe Marly, as irmãs Simone e Márcia, a filha Ana Clara e o filho Mike se abraçaram e choraram quando o juiz Peterson Barroso Simão anunciou a punição dos PMs Jéfferson de Araújo Miranda, Jovanis Falcão Júnior e Junior Cezar Medeiros.

Os três foram considerados culpados por homicídio e formação de quadrilha armada. Muito abalada e chorando, Marly abraçou as filhas e comemorou. "A gente conseguiu. Foi maravilhoso", disse.

Miranda teve a maior pena e foi condenado a 26 anos de prisão. Para Falcão Júnior foram decretados 25 anos e seis meses de reclusão e para Medeiros, 22 anos e seis meses.

"A nossa família está muito feliz porque foi feita a justiça, mas ainda faltam sete réus a serem julgados. Nós aguardamos com muita ansiedade o julgamento do Tenente Benitez, que participou da execução, e do coronel Cláudio Oliveira, o mandante", afirmou a irmã Simone Acioli.

"A Patrícia foi uma grande defensora da justiça e o mínimo que ela merece é que todos sejam punidos pela morte dela", disse muito emocionada.

 

Os filhos Mike, 20, e Ana Clara, 14, compareceram ao segundo dia de julgamento e ficaram satisfeitos com a sentença.

"Fiquei feliz por representar quem eu mais amo e de ver o quanto ela era querida. Tenho muito orgulho da minha mãe", disse Ana Clara.

"As penas foram satisfatórias, mas a dor ainda é grande e nada faz minha mãe voltar", afirmou Mike.

Para o promotor Leandro Navega, a dosimetria das penas foi correta e o reconhecimento do espólio de guerra dos PMs pode ajudar na condenação dos próximos réus.

"Fiquei satisfeito com as penas. A do Jéfferson demonstra que aqueles que se retratam da delação premiada merecem uma punição alta. A do Medeiros foi a mais baixa, pois ele teve menor participação no dia do crime e a do Jovanis foi adequada ao que ele fez", afirmou.

"As propinas recebidas com o espólio de guerra foram reconhecidas hoje e isso será relevante nos próximos julgamentos", analisou.