Acusada de espancar cão até a morte será julgada em agosto em Goiás
O julgamento da enfermeira Camilla Correa Alves de Moura Araújo dos Santos, 23, acusada de espancar um cão da raça yorkshire até a morte, em novembro de 2011, está previsto para agosto, na 2ª Vara Criminal de Formosa (289 km de Goiânia). A audiência agendada para o dia 25 de fevereiro foi adiada porque o juiz responsável pelo caso, Fernando Oliveira Samuel, está de férias.
O caso corre em segredo de Justiça. A enfermeira foi indiciada por maus tratos contra a cadela e por expor a filha ao espancamento do animal. O MP-GO (Ministério Público de Goiás) propôs ação que acusa Camilla de crime ambiental e delito previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), em razão da agressão e morte de um yorkshire.
O MP-GO pede ainda que a enfermeira seja condenada a indenizar os interesses difusos e coletivos lesados, decorrentes do abalo à moral coletiva. O promotor Heráclito DAbadia Camargo pede que o valor mínimo da indenização aplicada pelo juiz seja de R$ 20 mil. O pagamento beneficiaria o Fundo Municipal do Meio Ambiente.
O crime contra a cadela foi filmado por um vizinho de Camilla e gerou comoção em todo o país ao ser divulgado no Youtube, em dezembro de 2011. Nas gravações, que contém imagens fortes, a enfermeira arremessa o cachorro contra a parede e utiliza um balde para bater na cabeça do animal.
Ao final das agressões, ele aparece tremendo em um dos cantos da área de serviço e é coberto pelo balde. Nas gravações, uma criança assiste a todo o espancamento, que teria ocasionado a morte da cadela.
O caso ganhou repercussão na internet e até esta sexta-feira, 15.406.739 assinaram uma petição pública online pedindo pena máxima de crime de maus tratos para a enfermeira. A pena prevista para crime ambiental varia de três meses a um ano de reclusão e multa; já para o delito do ECA a punição é de seis meses a dois anos de detenção.
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