Desabamento de muro em obra obriga 160 moradores a deixarem suas casas em Taubaté (SP)
Elaine Rodrigues
Do UOL, em São José dos Campos (SP)
18/02/2013 12h55
Um muro de arrimo cedeu na obra de um edifício em Taubaté (140 km de São Paulo) nesse domingo (17), causando o desabamento de duas casas e comprometendo a estrutura de outros edifícios e residências perto da obra. Mais de 160 moradores tiveram que ser removidos de suas casas.
O edifício Daniela, que fica ao lado da construção, foi um dos mais atingidos, assim como uma academia que funcionava atrás da obra. No Daniela, uma edícula desmoronou junto com o muro de arrimo, mas ninguém se feriu. De acordo com moradores do prédio, a família que morava no local reclamou de uma trinca que apareceu na noite de sábado (17) e já teria deixado o local, antes do desabamento.
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A técnica em gestão Patrícia Monica Pinto, 35, disse que foi acordada no domingo de manhã e não teve tempo de fazer a mala e evacuar o prédio onde vive com o filho. “Foi um susto, todos tivemos que pegar poucas roupas e sair correndo. Senti medo. O pior foi ver a edícula no fundo do prédio, onde moravam meus vizinhos, ser destruída. Um susto”, disse Patrícia, que também morava no edifício Daniela.
A construção, de responsabilidade da empresa Ergplan, estava sendo feita em uma subida, ainda na fase de fundação, e o muro de arrimo acabou cedendo. De acordo com a assessoria da construtora, ainda estão sendo averiguados os motivos do desabamento.
Flats e hotéis
Os moradores do quarteirão em volta da obra, na Vila São José, foram removidos e estão alojados em flats e hotéis, providenciados pela construtora. Segundo a empresa, está sendo prestada toda a assistência possível às famílias que foram desabrigadas, e todos os danos causados serão ressarcidos
No início da tarde de hoje (18), representantes da Defesa Civil e da construtora estarão reunidos no local do desabamento para definir um plano de recuperação para a área atingida e determinar se ainda há riscos para as residências próximas à obra.
Foram evacuadas doze casas e dois prédios residenciais. Segundo a Defesa Civil, algumas famílias poderão retornar ao local ainda hoje, se for afastada a hipótese de novos desabamentos.