"Ele não precisa mais de mim", diz advogado após entrevista de primo do goleiro Bruno na TV
O advogado Eliézer Jônathas de Almeida disse nesta segunda-feira (25) que deixou de ser o advogado de Jorge Luiz Lisboa Rosa, primo do goleiro Bruno Souza e uma das principais testemunhas no caso sobre o sumiço de Eliza Samudio, ex-amante do jogador. Foi ele quem deu detalhes da suposta execução de Eliza Samudio, em 2010, à polícia.
Almeida afirmou ter tomado a decisão após a entrevista dada por Rosa ao programa “Fantástico”, da TV Globo, apresentada neste domingo (24). O advogado afirma não ter sido consultado pelo cliente sobre o depoimento dado ao programa de TV. Rosa foi intimado a depor no julgamento do goleiro Bruno Souza e de sua ex-mulher Dayanne de Souza, marcado para começar na próxima segunda-feira (4), no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte
“Apesar de ele não precisar mais de advogado, eu continuava na condição de advogado dele. Mas, a partir do momento que ele toma a iniciativa de dar uma entrevista em rede nacional, de cara limpa, sem a minha aquiescência, sem a minha orientação, ele não precisa mais de mim”, afirmou Almeida.
Durante a entrevista dada ao Fantástico, Jorge Rosa procurou deixar evidente a culpa pela suposta morte de Eliza Samudio em Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Segundo ele, o filho de Eliza e do goleiro só não foi morto porque o executor da ex-modelo não quis matar a criança, apesar de esse ser o desejo de Macarrão. Em outro momento, ele afirma ser impossível que Bruno não soubesse que Eliza Seria morta.
R$ 15 mil
"Desejar a morte dela não. Mas acho impossível ele não saber que o Macarrão estava planejando uma coisa daquela ali com ela", disse. Jorge Luiz se contradisse durante a conversa com a repórter Renata Ceribelli, afirmando num primeiro momento que Bruno não sabia que Eliza morreria. Depois, recuou.
Ele ainda acusou Macarrão de tentar convencê-lo a matar a atual mulher do goleiro, a dentista carioca Ingrid Calheiros. Conforme Rosa, o ex-braço direito do jogador teria oferecido a ele R$ 15 mil para aceitar ser o executor da moça sob a alegação que ela estaria “fazendo mal ao jogador”. O primo do goleiro disse ter desistido da empreitada ao consultar Bruno e ouvir dele que Ingrid era a “mulher da minha vida”.
O primo do jogador também desmentiu, durante a entrevista, ter presenciado a morte de Eliza e que parte do corpo teria sido jogada a cachorros. Segundo o MP, ela foi morta em junho de 2010 pelo ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em sua casa, situada na cidade de Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte.
"Foi o Macarrão que me falou que tinha sido jogado, que tinha dado umas bicudas nela, antes dela morrer, antes de enforcar ela", declarou. Rosa ainda afirmou desconhecer o ex-policial e, as contradições que marcaram seus depoimentos anteriores, foram em razão do uso de drogas.
Medida socioeducativa
Jorge Rosa, que em 2010, ano do sumiço de Eliza, era menor de idade, cumpriu medida socioeducativa de dois anos e dois meses, aplicada pela Vara da Infância e Juventude de Contagem (MG).
Após cumprida a sentença, em setembro do ano passado, ele foi incluído imediatamente em um programa de proteção a testemunhas do governo de Minas Gerais.
No entanto, pediu desligamento do programa em dezembro de 2012. Os motivos para o desligamento não foram informados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
“Não concordei com a forma que ele agiu. Eu estava preservando até então a identidade dele. Acho que ele se expôs desnecessariamente, acho que por vaidade. Ele deve achar que já é homem é pode resolver tudo sozinho”, declarou Almeida.
“Quando ele tomou a decisão de sair do programa, ele não me avisou nem avisou a mãe, que ficou chateada com a atitude dele, porque ela não queria que ele fizesse isso”, disse o advogado.
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