Primeiro dia de julgamento tem boato sobre confissão e choro de Bruno
O primeiro dia do julgamento do goleiro Bruno, acusado de ser o mandante do sequestro e morte de sua ex-namorada Eliza Samudio, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), nesta segunda-feira (4), foi marcado pelo choro do atleta no salão do júri do fórum Dr. Pedro Aleixo e por boatos de que ele iria confessar o crime, que ocorreu em 2010. Dayanne de Souza, ex-mulher de Bruno, também é julgada, mas pelo sequestro do filho que Bruno teve com Eliza.
Logo no início do julgamento, Quaresma, que já defendeu Bruno, tomou a palavra e pediu à magistrada para ter acesso ao acervo audiovisual no qual estão depoimentos das testemunhas que já foram ouvidas e serão inquiridas novamente.
Defesa contesta certidão de óbito de Eliza, e Bruno chora
O questionamento de Quaresma incomodou a juíza, que disse ao defensor que ele não tem direito de interferir neste júri, já que o cliente dele (Bola) será julgado em outro júri. "Está indeferido, o senhor pode voltar para o seu lugar." Em seguida, Marixa afirmou que ele poderia ter acesso ao material sempre que desejasse.
Confissão
Desde o começo do dia, havia informações de que Bruno poderia confessar o crime.
Mais tarde, Lucio Adolfo da Silva, advogado do goleiro Bruno, voltou a afirmar, durante um intervalo no salão do júri, que não existe acordo entre os advogados de acusação e defesa para a confissão de Bruno --como mandante do sequestro e assassinato de Eliza Samudio.
"Não existe acordo. Aquela imoralidade, aquela indecência que aconteceu com o Macarrão é absolutamente ilegal. O acordo que foi feito durante o julgamento do Macarrão não existe no direito brasileiro"' afirmou o advogado.
Choro
A mãe de Eliza Samudio, Sônia Moura, presente à sala, afirmou não acreditar nas lágrimas do goleiro.
"Só vou acreditar no choro dele quando ele colaborar com as investigações e contar onde está o corpo da minha filha."
A atual noiva de Bruno, a dentista Ingrid Calheiros, informou que o atleta chegou a perder 19 quilos desde que foi preso, dos quais já recuperou cinco, segundo ela.
Testemunhas
O depoimento mais importante do dia, da delegada Ana Maria Santos, não trouxe novidades à versão já apresentada pela polícia sobre o caso.
De acordo com o menor disse à Ana Maria, Luiz Henrique Romão, o Macarrão, contou a Bruno, no sítio em Esmeraldas (MG), que a morte de Eliza havia ocorrido horas antes, na casa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em Vespasiano (MG).
"Ele disse que o Bruno reagiu com naturalidade. Em seguida, ele [Jorge Luiz Rosa], Bruno, Macarrão e Sérgio Rosa Sales colocaram fogo em uma mala vermelha de Eliza Samudio."
Jurados
Os sete jurados foram sorteados em um grupo de 25 pré-selecionados em um grupo de voluntários que se inscreveu para participar de júris ao longo deste ano.
Dos 25, dois jurados pediram para não participar do júri.
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