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Segundo dia de júri de Bruno terá depoimentos de ex-caseiro do sítio do goleiro, detento e prima

Guilherme Balza

Do UOL, em Contagem (MG)

05/03/2013 06h00Atualizada em 05/03/2013 09h44

O júri do goleiro Bruno Fernandes, no fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte), entra no segundo dia com os depoimentos das quatro testemunhas restantes. São elas João Batista Alves Guimarães, que foi caseiro do sítio do goleiro em Esmeraldas (MG); Jaílson Alves de Oliveira, detento recluso na mesma penitenciária de Bruno; Célia Aparecida Rosa Sales, prima do goleiro; e Renata Garcia da Costa, assistente do sistema socioeducativo de Minas Gerais.

João Batista trabalhava como caseiro no sítio de Bruno na época em que Eliza ficou no local. Segundo a acusação, ele não participou do crime, diferentemente de outros caseiros da propriedade de Bruno.

Arrolado pela Promotoria, Jaílson diz ter ouvido dentro da prisão uma confissão de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, sobre como foi a morte de Eliza Samudio. A testemunha também afirma conhecer outros envolvidos no crime.

Célia foi arrolada pelas defesas de Bruno e de Dayanne Souza –os advogados de Bruno a dispensaram. Ela é irmã de Sérgio Rosa Sales, acusado de ter participado do sequestro e morte de Eliza, que foi assassinado no ano passado em um crime passional sem relação com o caso Eliza Samudio, segundo a versão da polícia.

Já Renata acompanhou o primeiro depoimento de Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro, menor à época do desaparecimento de Eliza, colhido por um juiz da Vara da Infância e Adolescência de Contagem (MG). O testemunho dela será via carta-precatória, já que ela não reside em Minas Gerais.

Jorge confessou ter participado do sequestro e da morte da modelo e denunciou os crimes contra Eliza e o bebê em vários depoimentos. O inquérito policial e a denúncia do Ministério Público se basearam, em grande parte, na sua versão para o ocorrido. Por esta razão, é considerado testemunha-chave do caso.

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A Promotoria escolheu exibir o testemunho de Renata para tentar convencer os jurados de que o depoimento do menor ocorreu em circunstâncias normais. Desde o início do processo, advogados de defesa tentam desqualificar a versão de Jorge para o crime, sob o argumento de que ele depôs sob pressão e fora de seu  estado normal.

Após o encerramento dos depoimentos das testemunhas, terá início o interrogatório dos réus, que não tem limite de tempo --eles serão questionados pela acusação, defesas e juiz. Na sequência, terá inicio a fase dos debates, na qual acusação e defesa podem debater por no máximo 6h.

Por fim, os jurados se reúnem, decidem se absolvem ou condenam os réus e a juíza anuncia a sentença. A previsão inicial é de que o julgamento termine nesta quarta-feira (6).