Mesmo "desesperado" por morte de Eliza, Bruno foi a jogo e duas festas
Apesar de ter dito nesta quarta-feira (6) à juíza Marixa Fabiane Lopes que ficou “desesperado” após saber da morte de Eliza Samudio, o goleiro Bruno Fernandes foi a duas festas e a uma partida de futebol nos dias que sucederam o crime.
Em seu interrogatório, ele admitiu que poderia ter evitado o crime e afirmou que a morte de Eliza foi arquitetada por Luiz Henrique Romão, o Macarrão.
Segundo Bruno, o crime ocorreu na noite do dia 11 de junho de 2010, quando Macarrão e o primo Jorge Luiz Rosa, menor à época dos fatos, saíram de carro com Eliza e o bebê Bruninho do sítio do goleiro em Esmeraldas (MG).
O goleiro disse que soube da morte de Eliza após os dois retornarem ao sítio, ainda na noite de 11 de junho. Segundo a versão de Bruno, Jorge lhe relatou que Macarrão levou Eliza até um homem apelidado de Neném que iria matá-la. O menor teria dito ainda que ela foi esquartejada e teve as partes jogadas para cães.
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À juíza, Bruno disse que ficou “desesperado”, e não apenas “chateado” com a morte da modelo. Na mesma noite, entretanto, o goleiro viajou de Esmeraldas (RJ) para o Rio, onde ocorreria, no dia seguinte, uma partida do 100%, time de várzea de Bruno. A viagem foi feita no ônibus do time.
No mesmo dia, à noite, Bruno afirmou que foi a uma festa do atacante Wagner Love, seu então colega de clube no Flamengo. No dia seguinte, domingo, Bruno viajou até Angra dos Reis (RJ), para ir a uma terceira festa.
Outro ponto confuso do depoimento de Bruno foi a data do crime. Até hoje, todos os envolvidos afirmaram que Eliza desapareceu em 10 de junho de 2010, quinta-feira, data apontada pela polícia e pelo Ministério Público, e não em 11 de junho, sexta-feira.
O goleiro se atrapalhou durante o interrogatório ao explicar sobre dinheiro que iria repassar a Eliza. O ex-atleta disse que modelo fez questão de viajar do Rio para Minas, em 5 de junho de 2010, sábado, após Bruno lhe dizer que lá havia os R$ 30 mil que ele prometeu lhe pagar. O montante estaria no sítio do goleiro em Esmeraldas (MG).
Ao chegar no sítio, o goleiro não entregou o dinheiro, sob o argumento de que precisaria usar os R$ 30 mil para custear uma viagem do time 100% de Minas ao Rio. Bruno disse que pediu para Eliza esperar dois dias, porque Macarrão iria ao Rio de Janeiro sacar o dinheiro e o traria dias depois.
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