"Condenação de Bruno é para atender à mídia", diz defesa do goleiro
O advogado de defesa do ex-goleiro Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo da Silva, disse que “a imprensa manobra para condenar Bruno”.
“A condenação de Bruno é para atender apelo dramático da mídia. Um show mídiático que prejudicou meu cliente [Bruno]”, afirmou Adolfo da Silva.
Na sua réplica, que acabou há instantes, o advogado, se dirigindo aos sete jurados, disse que se “querem ficar bem na foto e bacana na imprensa, então condenem”, afirmou.
“Esse julgamento é um devaneio. Um acordão. Não sejam escravos da mídia”, disse para o corpo de júri. “Esta brincadeira estúpida de condenar a qualquer preço."
O advogado disse ainda que, caso os jurados acreditem na culpa de Bruno, deveriam desconsiderar os atenuantes: não houve motivo torpe na morte de Eliza Samudio, não houve o agravante da impossibilidade de defesa e não houve meio cruel no homicídio.
“Não há provas. Não devem condenar alguém para ficar bem com a imprensa”, afirmou.
"Menor participação"
Adolfo da Silva pediu ainda aos jurados que, se não quiserem absolver o réu, que o condenem por uma "menor participação" no sequestro e morte de Eliza Samudio. A intenção de Adolfo da Silva, com a argumentação, é que Bruno não seja condenado com as três qualificadoras de homicídio as quais ele é acusado --motivo torpe, meio cruel e emprego de recurso que impossibilita a defesa da vítima-- reduzindo o tempo de condenação.
“Se vocês acharem que sim [que ele tem culpa], não absolvam, mas autorizem a juíza a conceder uma reprimenda de um sexto a um terço da pena", apelou Adolfo, que citou as qualificadoras aos jurados. “Se os senhores reconhecem as qualificadoras, o crime fica ruim, e a pena fica maior.”
A afirmação foi feita durante a sustentação oral na fase de debates entre defesa e acusação ao Tribunal do Júri de Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte). “Ele não queria que ela morresse, mas foi omisso”, disse o defensor do goleiro.
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