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Após condenação de Bruno, Bola e mais dois réus vão a júri em dois meses

Ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, é conduzido no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte - Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo
Ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, é conduzido no fórum de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte Imagem: Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo

Carlos Eduardo Cherem, Gabriela Fujita, Guilherme Balza e Rayder Bragon

Do UOL, em Contagem (MG)

08/03/2013 12h00

Depois de Tribunal do Júri de Contagem (MG) condenar o goleiro Bruno Fernandes a 22 anos e três meses de prisão, pelo sequestro e morte de Eliza Samudio, mais três réus acusados de envolvimento no crime irão a júri popular nos próximos dois meses.

Apontado como o autor da morte da modelo, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, será julgado em 22 de abril deste ano, responderá pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver da modelo, penas que, somadas, podem chegar a 33 anos.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Bola foi contatado por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, para matar Eliza e esconder seu corpo. Ele teria recebido R$ 5.000 pagos pelo goleiro Bruno.

A situação de Bola se complica depois do julgamento de Bruno, que, durante seu  interrogatório, o apontou como o autor da morte da modelo. Antes, Bola só havia sido denunciado por Jorge Luiz Rosa, primo do goleiro e menor à época dos fatos, nos primeiros depoimentos dele, e por Sérgio Rosa Sales, também primo do goleiro, que ouviu falar de Bola por meio do depoimento de Jorge.


Desde então, os envolvidos não citaram Marcos Aparecido  como autor do crime –inclusive Macarrão, durante seu interrogatório no júri de novembro de 2012.

Em 15 de maio próximo, será a vez de Wemerson Marques dos Santos, o Coxinha, amigo e ex-motorista de Bruno, e Elenílson Vítor da Silva, administrador do sítio em Esmeraldas (SP).

Ambos são acusados de terem participado do sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. Somadas as penas, a condenação pode ser de até seis anos de prisão.

Além dos julgamentos, prosseguirão as investigações contra os ex-policiais José Laureano de Assis, o Zezé, e Gilson Costa. Ambos não foram denunciados pelo Ministério Público. O promotor Henry Wagner de Castro, entretanto, afirmou que irá  denunciar Zezé ao menos pelos crimes de sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê.

Segundo o promotor, Zezé acompanhou o grupo que sequestrou Eliza desde o motel em Contagem, na madrugada do dia 6 de julho, até a morte dela, no dia 10 de julho.