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Piloto morre baleado após tentar atingir policiais com avião em Minas Gerais

José Bonato

Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)

11/03/2013 17h04

Um piloto de avião --preso em 2011 numa perseguição cinematográfica, em que um carro da PF (Polícia Federal) se chocou contra uma das asas da aeronave durante a fuga-- foi morto no último sábado (9), por agentes federais em circunstâncias parecidas na cidade mineira de Indianópolis (523 km de Belo Horizonte).

Segundo a Polícia Federal, Antonio Renato Biasi, 56, pousou com 447 quilos de pasta base de cocaína e armas procedentes da Bolívia num canavial na zona rural de Indianópolis e, ao avistar os federais, a exemplo do episódio de 2011, tentou arremeter voo, mas, desta vez, manobrando o avião em direção aos policiais.

Segundo Carlos Henrique D’Ângelo, 40, chefe da Polícia Federal de Uberaba (478 km de Belo Horizonte), foram feitos três disparos de fuzil contra o bimotor pilotado por Biasi na tentativa de impedir a fuga. “Como ele não parou, acabou sendo atingido por um tiro na cabeça.” Biasi era natural de Lençóis Paulista (287 km de São Paulo), mas foi sepultado no Paraná.

Em novembro de 2011, ele foi preso em flagrante com outros três homens num canavial de Pontal (351 km de São Paulo), em operação da Polícia Federal de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo).

“Atira, não”

Ao perceber a polícia, o piloto, que já estava com a aeronave em solo, acelerou e tentou decolar, mas os agentes federais, no encalço do suspeito, chocaram a frente do veículo contra a asa esquerda do monomotor.

“Vou bater na asa, vou bater na asa. Não atira, não”, gritou o policial que dirigia a um colega que se preparava para atirar. Com o choque, o avião não decolou, e os quatro tripulantes acabaram sendo presos.

Na aeronave, um monomotor procedente do Paraguai, havia notebooks, impressoras, câmeras e equipamentos usados em sistemas de vigilância avaliados em R$ 200 mil. Biasi e os outros acusados tiveram prisão preventiva decretada por contrabando e descaminho, mas o piloto conseguiu um habeas corpus e recuperou a liberdade.