Suspeita de matar menino no Rio abraçou mãe na delegacia, diz delegado
A manicure acusada de matar João Felipe Eiras Santana Bichara, 6, foi apresentada na delegacia de Barra do Piraí no final a manhã desta terça-feira (26). O delegado da distrital, José Mário Omena, contou que Suzana do Carmo de Oliveira Figueiredo, 22, esteve com a mãe do menino na delegacia "confortando" a mulher no começo da noite de segunda-feira (25), quando ela ainda não era suspeita.
João Felipe foi dado como desaparecido após sair da escola
“É uma pessoa fria. Não derramou uma lágrima e ainda abraçou a mãe da vítima. Ela não tem pena de ninguém”, disse o delegado.
Segundo o delegado, a manicure tem apresentado diversas razões para a motivação do crime. "Ela já disse que estava sendo ameaçada por traficantes, que o irmão dela era ameaçado por traficantes. Depois, mudou totalmente a história, dizendo que tinha um caso com o pai da criança", afirmou Omena.
O delegado trabalha com a hipótese de vingança. "O que levaria a autora a rasgar a roupa da criança? Só pode ter sido raiva. Quem ataca o filho de uma família quer na verdade atacar essa família”, disse. “Se fosse um sequestro, haveria em algum momento um pedido, uma moeda de troca. No entanto, ela matou a criança em menos de uma hora.”
O titular da distrital acredita na hipótese de crime passional, mas faz ressalvas quanto ao que poderia ter levado ao homicídio. "Há indícios que levam a investigação na linha do crime passional. O que não quer dizer que o pai da criança tenha tido um caso coma autora do crime. Ela pode ter sido rejeitada por ele, por exemplo", afirmou.
O delegado espera o depoimento dos pais e o resultado da perícia para concluir o caso. Os depoimentos ainda não foram agendados. O delegado vai pedir à Defensoria Pública um advogado para a defesa manicure.
Delegado acredita que manicure matou por vingança aos pais
Em breve entrevista a uma emissora de televisão local, a “TV Rio Sul”, a manicure disse apenas “Eu não agi sozinha” quando perguntada sobre a motivação do crime. O delegado, no entanto, não acredita em “mais uma das dez versões”, que segundo ele, a mulher já apresentou.
“Ela fez tudo sozinha. Sozinha ligou para a escola se passando pela mãe da criança. Sozinha contratou um serviço de táxi e foi até a escola”, disse o delegado. “Pediu para o taxista buscar a criança e sozinha entrou com o menino no hotel, onde ela já tinha reservado a diária. Após cometer o crime, ela pediu à recepção que chamasse um serviço de táxi e saiu desse hotel com a criança toda mole, chamando a atenção dos recepcionistas e do taxista. Por fim, ela rasga a roupa da criança, joga no lixo e ainda sai de casa para confortar a família.”
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