Por briga, goleiro Bruno perde salário de R$ 508 na lavanderia da prisão
O ex-goleiro do Flamengo Bruno Fernandes perdeu, por tempo indeterminado, o direito de trabalhar na lavanderia da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, onde cumpre pena de 22 anos e três meses pelo assassinato da ex-modelo Eliza Samudio.
Bruno se desentendeu com o companheiro de cela. De acordo com a Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, os dois detentos teriam brigado.
Ele deixou de prestar serviços na lavanderia desde a segunda-feira (1º). Antes, ele trabalhava na faxina do pavilhão onde estava preso. A Secretaria de Defesa Social ainda informou que, também esta semana, ele foi transferido de pavilhão. A mudança, porém, é prática rotineira no presídio, por questões de segurança, e não tem relação com a briga com o outro detento.
Para cada três dias trabalhados, Bruno reduz um dia de sua pena. Ele prestava serviços na lavanderia de segunda-feira a sexta-feira, de 8h30 às 15h e recebia, por mês, três quartos (R$ 508) do salário mínimo.
Em 8 de março, o ex-goleiro foi condenado por ser o mandante do assassinato de sua ex-amante, além do sequestro e cárcere privado de seu filho com ela, Bruno Samudio.
Dívida com honorários
Na quarta-feira (3), o ex-advogado de Bruno, Ércio Quaresma, cobrou na Justiça honorários não recebidos pelos trabalhos prestados ao ex-goleiro. O advogado entregou ao Fórum de Contagem, uma prestação de contas com mais de 200 páginas dos serviços prestados por ele ao ex-goleiro e a outras cinco pessoas durante a investigação policial.
Quaresma disse que foi contratado para representar Luiz Henrique Romão (Macarrão), Fernanda Gomes, Elenilson Vitor da Silva, Flávio Caetano, envolvidos no caso, mas o total não foi pago. Segundo o advogado, foi acordado verbalmente o valor de R$ 1 milhão. Quaresma ainda teria R$ 90 mil para receber do presidiário.
Na prática, goleiro Bruno pode ficar quatro anos preso
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