Problema técnico interrompe circulação de trens da CPTM em SP
Do UOL, em São Paulo
06/04/2013 14h16Atualizada em 06/04/2013 19h24
Um princípio de incêndio no sistema de nobreak de energia elétrica do prédio do Centro de Controle Operacional (CCO), no Brás, interrompe a circulação de trens em todas as seis linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em São Paulo, desde as 13h deste sábado (6). O prédio foi evacuado e os bombeiros controlaram o fogo.
Apenas o trecho entre as estações Rio Grande da Serra e Tamanduateí, da linha 10-Turquesa, funciona normalmente pois é operado em um centro de controle localizado na Luz.
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Em nota, o governo do Estado de São Paulo afirma que o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (Paese), com ônibus gratuitos em todas as linhas de trem, foi acionado.
A operação Paese disponibiliza 88 ônibus em todas as linhas da CPTM. Na linha 7-Rubi, são 20 ônibus entra a Luz e Perus. Na linha 8-Diamante, são 20 ônibus entre as estações Barra Funda e Presidente Altino. Outros 20 coletivos servem a linha 11-Coral entre o Brás e Ferraz de Vasconcelos e mais 20 na linha 12-Safria entre entre o Brás e Itaquaquecetuba. A linha 10-Turquesa conta com oito veículos entre o Brás e Tamanduateí.
O Metrô também reforçou a circulação de trens para ajudar os passageiros da CPTM.
As estações da CPTM permanecem fechadas e há alguns relatos de tumulto entre passageiros. Em algumas localidades, usuários que já estavam nas plataformas receberam o bilhete de volta. O metrô, principalmente na linha 1-vermelha, apresenta lotação em alguns trechos.
Sem previsão de volta
Em entrevista à rádio BandNews FM, o diretor da CPTM José Augusto Rodrigues Bissacot afirmou que ainda não é possível prever a volta do sistema.
"Antes das 17h não vai voltar. Nosso pessoal está retirando o no-break [onde o incêndio começou] para retomar trabalho", disse. "A retomada de sistema é gradativa. A circulação vai voltar de todos os locais. Estamos colocando toda nossa energia para o reestabelecimento do sistema", completou.
Segundo Bissacot, o incêndio ocorreu no sistema de no-break que funciona como um backup da alimentação de energia do prédio. O diretor tambám disse que o procedimento adotado pela CPTM foi correto. "Em nome da segurança, os procedimentos adotados são esses mesmos", contou.
O diretor ainda afirmou que o prédio ficou vazio, apenas com o trabalho dos bombeiros, por quase três horas e que, assim, não havia como operar o sistema.
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos atende a 89 estações num total de 22 municípios, ao longo de seus 260,8 quilômetros de linhas operacionais.