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Jurado pede para ouvir testemunha dispensada pela defesa; após declarações, sessão é suspensa

Rayder Bragon e Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Contagem (MG)

23/04/2013 19h34

Pouco antes de a juíza Marixa Rodrigues suspender a sessão do julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, acusado de matar a ex-modelo Eliza Samudio --ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, que foi condenado pelo crime a 22 anos de prisão-- um dos jurados pediu para que a segunda testemunha da defesa de Bola, o corregedor-geral da Polícia Civil de Minas Gerais, Renato Patrício Teixeira, fosse ouvido.

Teixeira havia sido  dispensado pela defesa pouco antes de prestar depoimento. Em seguida, a sessão do segundo dia do julgamento de Bola terminou. O júri ocorre em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.

O corregedor informou à juíza que Bola e outros três policiais, que seriam integrantes do GRE, grupo de elite extinto da Polícia Civil mineira, são alvo de investigação em processo administrativo da corregedoria da corporação. 

Segundo Teixeira, o quarteto é acusado da morte de dois homens, em 2008, nas proximidades de sítio localizado na cidade de Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte. 

A magistrada fez a consulta ao corpo de jurados, composto por quatro homens e três mulheres, após o advogado Ércio Quaresma ter dispensado a testemunha.

Antes do corregedor, foi ouvido o deputado estadual Durval Ângelo (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (AL-MG).

A defesa, que arrolou o parlamentar, procurou desqualificar pelo depoimento do do deputado fala do goleiro Bruno na qual ele incriminou Bola no desaparecimento de Eliza.