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"Em julho, Bruno vai estar jogando em algum clube", diz advogado do goleiro

Advogado Lúcio Adolfo da Silva, que defende o goleiro Bruno Fernandes de Souza - Samuel Costa/Jornal Hoje em Dia
Advogado Lúcio Adolfo da Silva, que defende o goleiro Bruno Fernandes de Souza Imagem: Samuel Costa/Jornal Hoje em Dia

Carlos Eduardo Cherem e Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

24/04/2013 17h24

O advogado do ex-goleiro Bruno Fernandes, Lúcio Adolfo da Silva, afirmou, nesta quarta-feira (24), que “em 30 dias, no máximo até julho, Bruno estará jogando futebol em algum clube, provavelmente o Boa”. Segundo o advogado, em 7 de maio, o STF (Supremo Tribunal Federal) julga o pedido de habeas corpus de Bruno feito pelo defensor. “A sentença [que o condenou a 22 anos de prisão] ainda está sub judice, não transitou ainda. Cabem recursos”, disse.

“Ele tem a pretensão de voltar ao futebol e minha previsão, sem muito otimismo, é que em julho ele possa estar em liberdade ou que, pelo menos, esteja em prisão domiciliar, para que ele possa exercer sua atividade principal que é jogar bola”, disse.

“É preciso entender que, em prisão domiciliar, ele poderá sair para trabalhar de acordo com as exigências de seu trabalho. Assim, ele vai poder viajar se atividade que exerce exigir mobilidade. É lógico que a Justiça estabelece critérios para regular o direito que ele tem de trabalhar, entre eles, o retorno imediato após a atividade laboral e  algumas proibições, a exemplo de não poder sair para bares e restaurantes”, afirmou.

Silva disse ainda que nesta quarta-feira (23) foi expedida uma guia de execução provisória  transferindo o processo do ex-goleiro para a Vara de Execuções Criminais de Contagem.

“A partir de agora, para o cumprimento da pena, ele se sujeita à orientação, fiscalização e decisões do juiz Wagner Cavalieri e não mais à juíza [Marixa Rodrigues], que presidiu o seu julgamento. Agora, é Cavalieri e não Marixa [Rodrigues]. Ela não tem mais ascendência ou decisão sobre as questões de liberdade do Bruno”, disse o advogado.

“Ela não pode mais interferir em questões do processo de Bruno. Esse processo já deveria ter sido encaminhado ao Tribunal de Justiça há mais de um mês, quando apresentei o recurso”, afirmou.

Ele disse também que estuda a possibilidade de levar à corte essa questão da demora da juíza.

“É possível, inclusive, que eu leve ao conhecimento do Tribunal, para termos um habeas corpus em favor do Bruno. Ele está preso e cada mês em que se atrasa o recurso dele é mais um mês que ele fica preso”, afirmou.

O advogado lembra ainda que, pode ser determinado pela Justiça a prisão domiciliar para que ele “possa ter preservado o  direito a exercer sua atividade”. Caso o pedido de habeas corpus não seja concedido, afirmou Silva, dentro de “no máximo” dois anos e nove meses ele poderá fazer a progressão de pena.

“Ele já cumpriu dois anos e dez meses da pena. Com mais dois anos e nove meses, ele terá tempo suficiente para pedir a progressão de pena, passando do regime fechado para o semiaberto, onde terá direito de sair para trabalhar”, disse.