Juíza nega pedido de ex-delegado para testemunhar como autoridade policial
O ex-delegado Edson Moreira, responsável pela chefia das investigações sobre o sumiço de Eliza Samudio, teve pedido negado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues para ser ouvido apenas como autoridade policial (informante) no julgamento de Marcos Aparecidos dos Santos, o Bola, acusado de ser o executor de Eliza.
Segundo um advogado que não quis se identificar, a tentativa de Moreira seria para se livrar das perguntas de Quaresma, que tentará fazer com que Moreira incorra em contradições para poder acusá-lo de falso testemunho - já que depõe como testemunha.
Neste momento, Moreira responde a perguntas feitas pelo advogado Ércio Quaresma, defensor de Bola, que centra suas perguntas em detalhes da fase de investigação. Moreira é a segunda testemunha a ser ouvida no terceiro dia de julgamento do acusado de ter matado a ex-amante do goleiro Bruno Fernandes.
O ex-delegado foi o responsável pelas investigações sobre o sumiço da moça, mas atualmente é vereador por Belo Horizonte e filiado ao PTN. Ele é inimigo declarado do réu e de Quaresma.
Durante parte da fase de investigação policial, Quaresma e Moreira trocaram ofensas pela imprensa. Bola também entrou na discussão. Ele acusou o delegado de tê-lo indiciado pela morte da ex-modelo por causa de desavenças no tempo em que foram contemporâneos na Polícia Civil mineira.
Antes dele, quem depôs pela manhã foi o jornalista José Cleves, absolvido de acusação de ter matado a mulher, em 2000, após ter sido indiciado por Edson Moreira.
As testemunhas
Cleves foi a quarta testemunha ouvida até agora. Na segunda-feira (22), com atraso de cerca de seis horas, foi ouvida a delegada Ana Maria dos Santos (defesa e acusação), uma das responsáveis pelo inquérito que responsabilizou Bola. Ela foi ouvida como informante.
Nessa terça-feira (23) foram ouvidas as testemunhas Jailson Alves de Oliveira (acusação), presidiário que teria ouvido de Bola na prisão de que ele seria o responsável pelo assassinato e desaparecimento de Eliza Samudio. O MP ainda dispensou uma testemunha.
Já a delegada Alessandra Wilke, que seria ouvida como testemunha da acusação, estava a trabalho em uma cidade do interior de Minas Gerais, justificando assim a sua ausência.
Ainda foi ouvido o depoimento do deputado estadual Durval Angelo (PT-MG), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, arrolado pela defesa. Por fim, o corregedor-geral da Polícia Civil de Minas Gerais, Renato Patrício Teixeira, que constou no rol da defesa..
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