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Delegado volta a depor no 4º dia de julgamento de Bola; previsão é que júri termine na madrugada de sábado

Delegado licenciado da Polícia Civil de Minas Gerais Edson Moreira é ouvido no júri popular do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola - Rayder Bragon/UOL
Delegado licenciado da Polícia Civil de Minas Gerais Edson Moreira é ouvido no júri popular do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola Imagem: Rayder Bragon/UOL

Rayder Bragon e Carlos Eduardo Cherem

Do UOL, em Contagem (MG)

25/04/2013 06h00

O julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, entra no quarto dia nesta quinta-feira (25) com a retomada do testemunho do ex-delegado Edson Moreira, chefe das investigações do sumiço de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos de prisão pelo crime. A previsão de encerramento do júri é para a madrugada do próximo sábado (27), de acordo com a assessoria do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais).

O depoimento de Moreira foi interrompido ontem, no salão do júri do Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, por volta das 18h20, pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem, cidade da região metropolitana e Belo Horizonte. Ele começou a ser interrogado pela defesa de Bola por volta das 13h20. 

A magistrada atendeu pedido da defesa do réu, que alegou cansaço, e encerrou a sessão. Em razão disso, o ex-delegado foi conduzido a um hotel da cidade, onde ficou incomunicável, até a retomada dos trabalhos, prevista para as 9h da manhã de hoje. Moreira teria reclamado a um assessor não ter trazido outra muda de roupa, que teve de ser providenciada para ele pelo auxiliar.

Atualmente, o ex-delegado é vereador em Belo Horizonte pelo PTN, é e inimigo declarado do réu e do advogado Ércio Quaresma, um dos defensores de Bola. Antes de começar a depor, Moreira teve negado pela juíza pedido para ser ouvido como informante.

Após o depoimento de Moreira nesta quinta, começam a ser exibidos aos jurados vídeos sobre o caso Eliza Samudio, que foram coletados pela defesa de Bola. Haverá ainda leitura de trechos do processo.

Mudança de versão

O terceiro dia de julgamento de Marcos Aparecido dos Santos foi marcado pela declaração de Moreira, na qual ele afirmou que a versão de partes do corpo de Eliza foram atiradas a cães não era verdadeira.

A fala dele foi tida como uma vitória da defesa de Bola.

No primeiro depoimento do dia, os advogados de defesa tentaram, com declarações de um jornalista, arrolado pela defesa, "desconstruir" a imagem do ex-delegado Moreira.