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Em depoimento, Thor diz que desconhecia excesso de pontos na CNH

Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, e sua mãe, a modelo Luma de Oliveira, chegam na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias - Nicson Olivier/Futura Press
Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, e sua mãe, a modelo Luma de Oliveira, chegam na 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias Imagem: Nicson Olivier/Futura Press

Do UOL, no Rio

25/04/2013 18h06

Thor Batista, filho de Eike Batista, afirmou nesta quinta-feira, em depoimento na 2ª Vara Criminal de Duque de Caixas, na Baixada Fluminense, que desconhecia o excesso de pontos na sua carteira de motorista. Segundo o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), ele disse que soube desse assunto pela mídia e que nunca foi notificado, responsabilizando os seguranças pela alta pontuação na CNH.

Na denúncia criminal do Ministério Público, consta que Thor possuía 11 infrações de trânsito, sendo que nove por excesso de velocidade. Ele perdeu a carteira de motorista e teve ainda que participar de um curso de reciclagem para motoristas infratores. Ele depõs nesta quinta no processo a que responde pelo atropelamento que causou a morte do ciclista Wanderson Pereira dos Santos, 30.

O TJ-RJ informou que, segundo o depoimento de Thor, seus seguranças costumam usar o veículo, "principalmente à noite ou quando está cansado". Após o acidente, Thor Batista disse que vendeu um dos três esportivos que possuía, alegando "problemas financeiros em sua empresa".

O acidente ocorreu na rodovia Washington Luís (BR-040), na noite de 17 de março de 2012. Um laudo do perito da Polícia Civil Hélio Martins Júnior  atestou que Thor dirigia a 135 km/h no momento do atropelamento. A velocidade máxima permitida no trecho onde ocorreu o atropelamento é de 110 km/h. O documento, entretanto, foi descartado como prova pela 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, em 21 de fevereiro.

Um segundo laudo foi feito pela Polícia Civil do Rio. Divulgado no último dia 9 de abril, o documento atestou que a velocidade do veículo de Thor, uma Mercedes Benz SLR McLaren, estava entre 100 km/h e 115 km/h no momento da colisão.

Ainda no depoimento, o réu afirmou que foram feitos acordos com a família da vítima --R$ 300 mil teria sido dado a uma tia de Santos. A vítima não tinha filhos e vivia com a tia, identificada apenas como Maria Vicentina. Segundo Thor, ele tem recibos e documentos que comprovam os depósitos feitos a ela.