Após condenação de Bola, dois réus ainda serão julgados no caso Eliza Samudio
Após o termino neste sábado (27) do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenando a 22 anos de prisão pela morte de Eliza Samudio, as atenções devem se voltar para os últimos dois réus do caso, que começarão a ser julgados no dia 15 de maio.
Até o momento, quatro pessoas foram condenadas pela morte da ex-amante do goleiro Bruno. Um quinto réu foi inocentados.
Os próximos a serem julgados são Wemerson Marques de Souza, o Coxinha, e Elenílson Vítor da Silva. Eles vão enfrentar o júri popular pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza. Atualmente, os dois respondem ao processo em liberdade.
Assim como os demais, o julgamento deverá ser no Fórum Doutor Pedro Aleixo, em Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo o Ministério Público, a dupla teria ajudado Dayanne Souza, ex-mulher do goleiro Bruno, a esconder o filho de Eliza, quando a polícia investigava o paradeiro da criança.
Conforme a investigação, a vítima teria sido morta no dia 10 de junho de 2010. O menino somente foi localizado no dia 26 em uma casa na cidade de Ribeirão das Neves (MG).
O menino, cuja paternidade foi determinada pela Justiça do Rio de Janeiro ao goleiro, teria presenciado a morte de Eliza.
Ainda conforme a investigação, a intenção seria matar também a criança, porém, isso não ocorreu, mas os motivos são desconhecidos.
Conforme a polícia, Eliza e o filho foram sequestrados no Rio de Janeiro, no início do mês de junho de 2010, e levados para Minas Gerais, onde permaneceram em cárcere privado no sítio do goleiro, situado em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte.
O filho de Eliza atualmente mora com a avó materna no Estado do Mato Grosso do Sul e tem três anos e dois meses de idade.
Silva era o administrador do sítio do goleiro Bruno. O local foi apontado pela polícia como sendo o cativeiro de Eliza e do filho. Buscas foram feitas no local na tentativa de localizar o corpo da vítima.
Silva, juntamente com Souza, foi preso pela polícia em julho de 2010, em uma casa na cidade de Igarapé, também situada na região metropolitana.
Já Souza, o Coxinha, era amigo do goleiro e costumava frequentar o sítio do jogador. Às vezes, o réu prestava serviços de motorista ao goleiro.
Os dois foram soltos em dezembro de 2010 após determinação da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem. Os advogados de defesa deles negam que as acusações.
Acusação
Diferentemente do que ocorreu com Dayanne Souza, o promotor Henry Castro adiantou que não vai pedir a absolvição de Silva Souza.
Em março deste ano, durante o julgamento do goleiro Bruno, condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte de Eliza, o representante do Ministério Público havia pedido aos jurados que não condenassem Dayanne, acusada do sequestro é cárcere privado do filho de Eliza. Ela foi absolvida.
Em entrevista ao UOL, Castro disse que os dois estariam na trama que culminou na morte da ex-modelo desde o início.
Já em relação à Dayanne, o promotor considerou que ela teria sido coagida a entrar no plano e teria feito isso já na véspera da morte da vítima.
Quatro réus condenados
Além de Bruno e Bola, em novembro do ano passado, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, foi condenado a 15 anos de prisão pela morte de Eliza.
Neste julgamento, Fernanda Castro, outra ex-amante do goleiro, foi condenada a cinco anos, em regime aberto, pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela.
Atualmente está em curso uma investigação sigilosa da Polícia Civil mineira, a pedido do Ministério Público, sobre a suposta participação na morte de Eliza do policial civil aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé, e do policial civil Gilson Costa.
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