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Grupo de manifestantes tenta invadir Palácio dos Bandeirantes, em SP

Grupo de manifestantes se reúne diante do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, no bairro do Morumbi, e tenta, ora à força, ora negociando com os policias que fazem a guarda, entrar no edifício - Gustavo Basso/UOL
Grupo de manifestantes se reúne diante do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, no bairro do Morumbi, e tenta, ora à força, ora negociando com os policias que fazem a guarda, entrar no edifício Imagem: Gustavo Basso/UOL

Guilherme Balza

Do UOL, em São Paulo

17/06/2013 22h07Atualizada em 18/06/2013 00h12

Após uma passeata pacífica pelas principais vias da capital paulista na noite desta segunda-feira (17), um grupo de manifestantes tentou invadir o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado de São Paulo, no Morumbi, zona oeste da cidade.

Uma minoria de participantes da quinta edição do protesto, que chegou a reunir mais de 65 mil pessoas, chutou o portão de entrada do local e usou um pé-de-cabra para arrombar a tranca e invadir o palácio, segundo a assessoria de imprensa do governo. Policiais da Tropa de Choque responderam com bombas de gás lacrimogêneo.

Por cerca de uma hora, alguns dos manifestantes atiraram garrafas, objetos e morteiros contra a segurança, que não reagiu aos ataques. Eram os próprios ativistas que tentavam controlar a ação descontrolada da minoria.

O tumulto se concentra no portão dois da sede do governo, que mesmo depois de ser arrombado foi rapidamente fechado. Os manifestantes começaram a se dispersar após a reação dos policiais. Os que permaneceram no local fizeram uma grande fogueira usando lixo.

Pequenos atos de vandalismos foram cometidos por um grupo bem menor de manifestantes, que, por volta das 00h11, ainda permaneciam em frente ao Palácio dos Bandeirantes. Um ônibus foi pichado e um outro teve o para-brisa quebrado. 

"O povo que estava na porta se referia aos jovens da periferia, que são os que mais sofrem com a polícia de Geraldo Alckmin. Não há como contê-los e nem o que fazer. São jovens que perderam parentes na mão de policias e tem muita raiva do governador", disse Matheus Preis, do Movimento Passe Livre.

Quinto protesto

Ao menos 65 mil manifestantes --de acordo com medição do Datafolha-- participam do quinto grande ato contra o aumento da tarifa de ônibus realizado na zona oeste da capital paulista, que começou por volta das 18h desta segunda-feira (17). A PM estima que os manifestantes era de cerca de 60 mil.
 
Além de gritos e cartazes contra o aumento da tarifa de ônibus, que subiu de R$ 3 para R$ 3,20 no começo do mês, os manifestantes exibiam cartazes contra o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, Marco Feliciano (PSC), outros pediam o fim da corrupção e mais cartazes traziam os dizeres: "Fora, Alckmin".
 
O ato começou com a interdição da avenida Faria Lima, da altura da rua Cardeal Arcoverde até a avenida Presidente Juscelino Kubitschek, em ambos os sentidos, e também passou pela marginal Pinheiros, desde a ponte Eusébio Matoso (sentido Interlagos), passando pela ponte Estaiada e pela avenida Morumbi. O movimento se dividiu em duas partes: um grupo seguiu em direção ao Palácio dos Bandeirantes; e o outro partiu para a avenida Paulista.