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Manifestantes quebram arquibancadas e picham sambódromo no Rio

Um grupo de manifestantes invadiu o sambódromo após protesto no centro da cidade - Hanrrikson de Andrade
Um grupo de manifestantes invadiu o sambódromo após protesto no centro da cidade Imagem: Hanrrikson de Andrade

Hanrrikson de Andrade

Do UOL, no Rio

20/06/2013 21h57

Um grupo de manifestantes invadiu o Sambódromo da Sapucaí, no Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (20), após o protesto contra os altos preços das passagens de ônibus que começou no centro da cidade e foi dispersado pela polícia na frente da prefeitura. Eles quebraram portões dos setores 1 e 2, depredaram as arquibancadas e picharam parte da estrutura.

O grupo também destruiu o Terreirão do Samba, que fica próximo ao sambódromo. Mais cedo, um carro da emissora de televisão "SBT" foi incendiado, além de lixeiras e cones na rua. Os semáforos, pontos de ônibus e radares na avenida Presidente Vargas foram depredados durante a passagem dos manifestantes.

Confronto

Após a chegada de cerca de 300 mil pessoas ao prédio da prefeitura do Rio de Janeiro, alguns manifestantes que se aproximaram demais da cavalaria da Polícia Militar entraram em confronto com os PMs às 19h. Bombas de efeito moral foram lançadas pelos policiais e houve muita correria no local. Manifestantes jogaram pedras nos policiais e colocaram fogo em sacos de lixo. Segundo a Secretaria Municipal do Rio, 62 pessoas ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Souza Aguiar, ao menos seis atingidas por balas de borracha.

O auxiliar de marceneiro Cléber Tavares, 23, disse que foi atingido na confusão. "Jogaram uma pedra ou um pedaço de madeira que atingiu minha cabeça. Fiquei tonto", contou ele que foi atendido por um grupo de voluntários.

Terreirão do Samba é depredado no Rio de Janeiro

Um carro da equipe de reportagem do "SBT" no Rio de Janeiro foi totalmente incendiado na Praça Onze. A emissora informou, ao vivo, que nenhum funcionário ficou ferido no incidente. Um jornalista da "Globonews" foi ferido na cabeça por uma bala de borracha.

Imagens da prefeitura

As câmeras da prefeitura, que transmitem imagens da cidade 24 horas por meio do site do Centro de Operações, substituíram imagens da avenida Presidente Vargas e do prédio da prefeitura, para onde se dirigiram os manifestantes, foram substituídas por cenas do trânsito em outras partes da cidade, como a Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, na zona oeste.

Na página Operação Pare o Aumento! Passe Livre Já! Internautas reclamam da falta de imagens. Segundo a assessoria do Centro de Operações, o desvio se deve a um problema técnico e estão sendo colocados prints das câmeras na página do CEOP no Facebook.

Carro do SBT é incendiado durante protesto no Rio

Por volta das 19h, quando os cerca de 300 mil manifestantes chegaram ao prédio da prefeitura do Rio de Janeiro, algumas pessoas se aproximaram demais da cavalaria da Polícia Militar e entraram em confronto com os PMs. Bombas de efeito moral foram lançadas pelos policiais e houve muita correria no local. Manifestantes jogaram pedras nos policiais e colocaram fogo em sacos de lixo.

Metrô fechado

As estações Cinelândia, Carioca, Cidade  Nova, Uruguaiana e Presidente Vargas, no centro, foram fechadas devido à "insegurança externa", segundo o Metrô Rio.  As estações Praça Onze e Central também haviam sido fechadas, mas foram abertas após a chegada de reforço da Polícia Militar. Segundo a assessoria do metrô a medida foi tomada por questões de segurança.

Diversas lojas no centro da cidade também fecharam suas portas mais cedo e vários comerciantes optaram por colocar tapumes em frente as vidraças.