Antes de confronto, associação de soldados do CE tenta fazer PMs protestarem
Uma das associações que participam do protesto em Fortaleza nesta quinta-feira (27), a Associação dos Cabos e Soldados Militares do Ceará (ACSMCE), tentou intermediar a paz entre manifestantes e a tropa de choque da Polícia Militar, além de ter tentado convencer a Polícia Militar a participar do ato, próximo à Arena Castelão, antes do jogo Espanha x Itália pela Copa das Confederações.
Segundo a assessora de imprensa da associação, Priscila Luz, alguns policiais militares aderiram ao protesto, mas eles foram de óculos escuros, pois temem ser identificados pela Coordenadoria de Inteligência da PM-CE (Coin). "Um carro da coordenadoria até veio ao evento para intimidar os policiais que estão participando", afirmou Priscila.
Como a tentativa de conversa para obter a adesão dos PMs que estão defendendo o Castelão não obteve êxito, os manifestantes tentaram mostrar uma atitue pacífica, como cantar o Hino Nacional de costas para o batalhão de choque. No entanto, após uma troca de insultos, as agressões entre PMs e manifestantes começaram no início da tarde, com uso de bombas de efeito moral.
A pauta de reivindicações da ACSMCE pede a aprovação da PEC 300 (que pretende igualar os salários dos militares estaduais de todo o Brasil aos dos militares do Distrito Federal), mudança na imagem de truculência da Polícia Militar e revisões na carga horária e de hora extra da categoria, entre outros temas.
Esta não é a primeira vez na qual houve confronto entre manifestantes e policiais em Fortaleza. Antes do jogo entre Brasil e México, cerca de 15 mil pessoas tentaram se aproximar do Castelão, mas foram impedidos pelos oficiais.
A multidão foi afastada com gás lacrimogêneo e balas de borracha. No fim, os radicais que restaram queimaram pneus e placas e partiram para cima da polícia. Os moradores da região reclamaram da confusão e foram até impedidos de circularem no bairro.
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