No Rio, protesto na Candelária pede tarifa zero e desmilitarização da polícia
Em ato marcado para começar às 16h desta quinta-feira (27), na praça da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, manifestantes irão protestar pela tarifa zero no transporte público, desmilitarização da polícia e liberdade e anistia aos manifestantes presos nos últimas manifestações. O protesto está sendo organizada pelos movimentos Fórum de Lutas Contra o Aumento da Passagem e Operação Pare o Aumento, que convocam os manifestantes pelo Facebook.
As pautas, bem como o trajeto da manifestação, foram decididas em assembleia realizada nessa quarta-feira (25), no largo São Francisco de Paula, que reuniu cerca de 1.500 participantes, inclusive ligados a movimentos sociais, coletivos e partidos políticos de esquerda.
A previsão é que os manifestantes caminhem até a sede da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro) --que congrega dez sindicatos patronais-- na rua da Assembleia, a oito quadras da Candelária. Ainda não foi decidido para onde os manifestantes vão depois de do protesto na Fetranspor.
Os movimentos também têm eixos democratização dos meios de comunicação, barrar privatizações nas áreas de esporte, saúde, educação, segurança, transporte e infraestrutura e o fim da violência policial. Além do ato de hoje, os movimentos marcaram outro protesto no domingo (30), às 15h, na praça Saens Peña, na Tijuca.
Próximos protestos
Desde que teve início a onda de manifestações, já foram realizados dezenas de protestos no Rio de Janeiro, os maiores deles nos dias 20 --com mais de 300 mil pessoas, segundo a PM-- e no dia 17, com cerca de 100 mil manifestantes. Vários atos na cidade terminaram com confrontos com a polícia, vandalismo, denúncias de abuso policial e prisões.
Além da questão da tarifa e da violência policial, pautaram os atos críticas ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito Eduardo Paes (ambos do PMDB), a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37 e os gastos com a Copa do Mundo.
As últimas manifestações foram realizadas por moradores das favelas da Rocinha e do Vidigal, que anteontem marcharam até o Leblon, e da Maré, em protesto contra a ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) na noite de segunda (24) que resultou na morte de dez pessoas --sete suspeitos, dois inocentes e um sargento da PM. A ação foi realizada depois que um grupo de moradores da comunidade aproveitou uma manifestação em Bonsucesso para promover saques e roubos.
Um grupo de manifestantes está acampado, desde o dia 21, em frente à casa de Sérgio Cabral, na avenida Delfim Moreira, no Leblon, área com o metro quadrado mais caro da cidade. Eles dizem que só irão deixar o local depois de serem recebidos pelo governador.
OS PROTESTOS EM IMAGENS (Clique na foto para ampliar)
Multidão de manifestantes se reúne em protesto contra a PEC 37 no Rio de Janeiro
Manifestantes tentaram invadir o Palácio do Itamaraty durante protesto em Brasília
Manifestante depreda a sede da Prefeitura de São Paulo, na região central da cidade
PM espirra spray de pimenta em manifestante durante protesto no Rio
Em Brasília, manifestantes conseguiram invadir a área externa do Congresso Nacional
Milhares de manifestantes tomaram a avenida Faria Lima, em São Paulo
Após protesto calmo em SP, grupo tentou invadir Palácio dos Bandeirantes, sede do governo
Manifestantes tentaram invadir Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Rio
Carro que estava estacionado em uma rua do centro do Rio foi virado e incendiado
Cláudia Romualdo, comandante do policiamento de Belo Horizonte, posa com manifestantes
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