Coquetéis molotov incendeiam dois carros de polícia em Porto Alegre

Dois carros da Brigada Militar foram incendiados na madrugada desta segunda-feira (1º) em Porto Alegre depois que sete contêineres de lixo foram atacados por vândalos na região central da cidade. A polícia encontrou, ao lado dos veículos, duas garrafas com combustível usadas na fabricação de coquetéis molotov.

Os dois carros estavam estacionados no pátio da Secretaria Estadual da Segurança Pública, no centro de Porto Alegre. Câmeras de monitoramento da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) instaladas na região onde fica o prédio podem ajudar a desvendar os autores do atentado.

Segundo a 17ª Delegacia de Polícia, que investiga o caso, o fogo iniciou por volta da 1h na rua Voluntários da Pátria, onde os veículos – um Prisma, prefixo 6440, e um Astra, prefixo 6906 – estavam estacionados em vagas do Comando de Policiamento da Capital (CPC).

Um dos carros foi totalmente destruído pelas chamas, enquanto o outro teve danos parciais na parte traseira da carroceria. Um terceiro veículo que estava ao lado dos incendiados ficou coberto de fuligem, segundo a BM. Os três automóveis passarão por análise do Instituto Geral de Perícias do Estado.

Acionado, o Corpo de Bombeiros conteve as chamas. Na noite de domingo (30), os bombeiros também registraram ataques a sete contêineres de lixo na região central, todos incendiados por vândalos. Os equipamentos serão recolhidos durante o dia.

Na quinta-feira (27), quatro contêineres haviam sido queimados durante protesto em Porto Alegre, apesar da remoção de 90 unidades para evitar depredações. Cada equipamento de coleta automatizada de lixo custa cerca de R$ 5 mil.

A Secretaria de Segurança do Estado não quis fazer relação entre os fatos e nem se manifestou sobre a possibilidade do atentado estar relacionado às recentes manifestações de protesto na capital. Desde que os atos se intensificaram, há duas semanas, mais de cem contêineres já foram danificados por vândalos em Porto Alegre.

Além disso, nas duas últimas manifestações foram registrados saques e depredações a estabelecimentos comerciais nos bairros Cidade Baixa e Centro. O comércio local registrou mais de R$ 2 milhões de prejuízo, segundo o Sindilojas de Porto Alegre.