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Após cerca de dez horas, manifestantes desocupam prédio da Câmara do Rio

Os manifestantes chegaram às galerias do plenário da Câmara Muncipal do Rio de Janeiro e conversaram com vereadores - Carolina Farias/UOL
Os manifestantes chegaram às galerias do plenário da Câmara Muncipal do Rio de Janeiro e conversaram com vereadores Imagem: Carolina Farias/UOL

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

09/08/2013 09h04Atualizada em 09/08/2013 09h49

Os cerca de 20 manifestantes que ocuparam as galerias da Câmara Municipal do Rio de Janeiro na noite de quinta-feira (8) deixaram o local por volta das 4h desta sexta (9), segundo a assessoria de comunicação da Câmara, escoltados por policiais militares, sem tumulto.

O grupo havia entrado no local durante a tarde, quando o acesso é permitido ao público, e anunciou a ocupação por volta das 18h, quando uma manifestação acontecia no centro da cidade, permanecendo no local por pelo menos dez horas.

O prédio foi isolado pela polícia, mas a segurança da Casa permitiu a entrada de água e comida para os manifestantes, que decidiram passar a noite no local. Os vereadores Reimont (PT), Renato Cinco (PSOL) e Leonel Brizola Neto (PDT) ouviram as reivindicações dos ativistas.

Manifestantes ocupam a câmara do Rio de Janeiro

Segundo a assessoria de um dos parlamentares, os manifestantes queriam que Eliomar Coelho (PSOL) assumisse a presidência da CPI dos Ônibus, que vai apurar possíveis irregularidades no transporte coletivo na cidade e deve ser instalada nesta manhã. A sessão começou por volta das 9h30.

O líder da bancada governista, vereador Professor Uóston (PMDB), se candidatou para a presidência da comissão, que foi assinada por outros quatro vereadores governistas. Às 9h30, cerca de cem pessoas ainda esperavam na fila para entrar no prédio e acompanhar a sessão. Manifestantes levaram dezenas de caixas pretas, simbolizando os contratos de empresas de ônibus com a Prefeitura do Rio.

Confronto

Policiais militares e manifestantes entraram em confronto na frente do prédio da Câmara na noite de quinta. A polícia usou bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta. Jornalistas que cobriam o ato foram atingidos.

Durante o confronto, socorristas voluntários atenderam dez pessoas com ferimentos causados por estilhaços de bombas. Os manifestantes atiraram morteiros nos policiais. Após a reação da polícia, eles jogaram pedras e cadeiras.

Havia um carro de som e dezenas de faixas e bandeiras no ato, muitas delas de partidos políticos. A maioria delas tinha mensagens contra o governador Sérgio Cabral (PMDB), principal alvo do protesto. Em uma caminhada pelas ruas do centro, dois morteiros de manifestantes estouraram, mas ninguém foi atingido.

Na passeata, vidraças do prédio da sede da EBX, do empresário Eike Batista, foi atingida por pedras jogadas por manifestantes. O edifício fica na rua do Passeio, na Cinelândia, centro do Rio. Ninguém foi preso pela depredação.