Governador do Rio divulga carta na qual papa diz que orará pela segurança
Dois dias após o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), divulgar no Twitter a carta que recebeu do papa Francisco do dia 2 de agosto, foi a vez do governador do Estado, Sérgio Cabral (PMDB), encaminhar nota à imprensa com a íntegra da mensagem que recebeu do pontífice no mesmo dia.
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Na carta, Francisco agradece ao governo do Estado pela mobilização em torno de sua visita e diz que incluirá em suas orações as iniciativas do governo referentes à segurança pública no Rio.
“Ao renovar os meus votos de bem-estar para o senhor e sua família, prometo minhas orações pelo bom êxito de todas as iniciativas deste governo a favor do bem comum da população fluminense, sobretudo no que se refere à segurança pública, enquanto desejo a todos as mais copiosas bênçãos de Deus e peço que, por favor, rezem por mim”, escreveu o papa.
Na carta enviada a Eduardo Paes, o pontífice pede que o prefeito dê "uma atenção especial" aos moradores de Guaratiba, na zona oeste da capital fluminense. "Queria também pedir, no pleno respeito à autonomia governamental do município, que fosse dada uma atenção especial aos moradores deste bairro [Guaratiba], que tanto sonharam com a realização dos atos centrais da Jornada na sua vizinhança", escreveu Francisco.
Lamaçal
A vigília de oração e a missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu entre os dias 23 e 28 de julho no Rio, estavam programadas para ocorrer no Campus Fidei, construído no bairro. O local foi dispensado pelos organizadores do evento por ter virado um lamaçal.
Anunciado como a "terra prometida" da JMJ em novembro de 2012, o terreno de Guaratiba, de 1,7 milhão de metros quadrados, foi preparado durante cinco meses. Não pôde ser usado para a missa campal e a vigília após dias de chuva incessante no Rio. As atividades foram então transferidas para Copacabana.
O uso do terreno está sendo investigado pelo Ministério Público, por se tratar de uma Área de Proteção Permanente. Suspeita-se de loteamento irregular, aterro clandestino e presença de milícia na região. Parte do terreno teria entre os donos o empresário Jacob Barata Filho, um dos principais donos de empresas de ônibus do Rio.
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