Polícia apura estupros em série de mulheres divorciadas e que vivem sozinhas no interior de SP
José Bonato
Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)
06/09/2013 23h07
Um homem está preso em Novo Horizonte (399 km de São Paulo) suspeito de violentar quatro mulheres com as mesmas características físicas, todas divorciadas, com idades entre 36 e 40 anos e que moram sozinhas.
Os crimes ocorreram nos últimos 18 meses, na região de Catanduva (385 km de São Paulo). As quatro vítimas reconheceram o suspeito, mas, segundo a polícia, o rapaz, que foi identificado apenas pelas iniciais M. S. M., nega a autoria dos delitos. Ele tem 40 anos e é aposentado por invalidez.
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De acordo com a polícia, M. S. M. estuprou três mulheres em 2012 em frente a um clube de campo em Itajobi (393 km de São Paulo).
Ele obrigou as vítimas a entrar num Gol prata após abordá-las na rua. Uma delas foi vítima duas vezes da violência sexual. Na segunda vez, resolveu prestar queixa. O Gol foi encontrado nesta sexta-feira (6) e será submetido a perícia.
Neste ano, o suspeito, sempre de acordo com a polícia, voltou a repetir o crime pela quarta vez e, quando ia cometer o quinto estupro, acabou preso, no dia 28 de agosto.
O titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Catanduva, Hélvio Bolzani, 43, afirma que a quinta mulher teve a bolsa furtada pelo suspeito e recebeu um telefonema dele informando que a havia achado. Ele indicou o local onde pudessem se encontrar e pediu para que fosse sozinha.
A mulher, segundo o delegado, ficou com medo de ir ao encontro, no bairro Jardim Tarraf 2, e pediu para amigos a acompanhá-la. “Os amigos da mulher quando o viram o imobilizaram e chamaram a polícia”, afirma o delegado.
M. S. M., segundo o delegado, aguardou a vítima usando um capuz, camisa preta de mangas compridas, luvas, um revólver de brinquedo e uma garrucha com duas munições.
Professora
O carro de Fabiana foi encontrado no mesmo local onde uma das vítimas sofreu a violência sexual e no qual o suspeito foi preso ao tentar o quinto estupro, na estrada municipal que liga Catanduva a Novais (408 km de São Paulo).
Outro detalhe, de acordo com o delegado, é que o suspeito mora a dois quarteirões da casa da professora. O aposentado, segundo o delegado, nega envolvimento com o sumiço da mulher.
Familiares de Fabiana espalharam cartazes pela cidade com foto e telefone de contato na esperança de localizá-la. “Estamos sofrendo muito com essa situação”, declara Carla Silva, prima da professora.
De acordo com ela, a família tem esperança de que Fabiana esteja viva, mas também está preparada para o pior. De acordo com ela, a professora se separou há um ano do marido, que está com a guarda dos dois filhos, de 12 e 9 anos de idade.
O suspeito vai ficar preso por 30 dias em Novo Horizonte. Ele vai responder por estupro e porte ilegal de arma. A polícia pediu a quebra do sigilo telefônico da professora e aguarda laudo de perícia feito no carro dela para avançar nas investigações.