MPF investiga chefe do TRE-BA que aparece em vídeo supostamente recebendo propina para aprovar contas eleitorais
O MPF (Ministério Público Federal) na Bahia instaurou nesta segunda-feira (28) investigação criminal para apurar denúncia contra o chefe do setor de prestação de contas do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia, Joseph Rodrigues Santos. Ele aparece em vídeos supostamente recebendo propina para aprovar as contas do PSD no Estado referentes a 2012 .
A investigação ficará a cargo da Divisão de Combate à Corrupção do MPF e veio após denúncia de de extorsão feita pelo deputado estadual Angelo Coronel, tesoureiro do PSD.
Na denúncia, o deputado entregou uma gravação em vídeo de 20 minutos em que Joseph aparece recebendo dinheiro (seriam R$ 28 mil) para, supostamente, preparar prestação de contas do PSD. O vídeo foi gravado com uma câmera escondida na última terça-feira (22) no gabinete do deputado Angelo Coronel, na Assembleia Legislativa.
O vídeo mostra dois assessores conversando com o servidor. Eles pagam uma quantia em dinheiro a ele, que conta as notas. Joseph diz que, após o adiantamento em dinheiro, as parcelas mensais a serem pagas seriam de R$ 2 mil.
Segundo o MPF, a investigação deve comprovar se o servidor cometeu algum crime ou não.
Em nota, o MPF informou que a notícia-crime reúne vídeos que registrariam os momentos da negociação proposta pelo servidor aos assessores do deputado, em uma sala da Assembleia Legislativa da Bahia.
O MPF informou que pediu informações ao TRE e à assembleia e já convocou os envolvidos para prestar informações. “Com a reunião dos dados, o MPF avaliará se as ações do servidor podem ou não caracterizar crimes contra a Administração Pública, adotando as medidas judiciais cabíveis no caso”, informou o órgão.
Em nota, o TRE-BA informou que um processo administrativo disciplinar já foi aberto para apurar o caso. A publicação da comissão que analisa a denúncia foi publicada no Diário Oficial da Justiça da última sexta-feira (25).
O TRE também informou que também determinou o afastamento preventivo do servidor por 60 dias, e o dispensou da função comissionada de chefe da Seção de Contas Partidárias, integrante na Coordenadoria de Contas Eleitorais e Partidárias.
O UOL não conseguiu localizar o servidor na noite desta segunda-feira (28). Ao portal "A Tarde", ele negou as acusações. "Não existe qualquer tipo de tratativa para atender resultados de pareceres", disse na quinta-feira, prometendo divulgar nota explicando o caso.
*Com informações d'A Tarde
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