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Promotora de eventos é presa em Brasília por ligação com prostituição

A promotora de eventos Jeany Mary Corner em São Paulo (SP) em 2008. Ele foi acusada hoje de favorecimento à prostituição - Ana Ottoni - 8.set.2005/Folhapress
A promotora de eventos Jeany Mary Corner em São Paulo (SP) em 2008. Ele foi acusada hoje de favorecimento à prostituição Imagem: Ana Ottoni - 8.set.2005/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

02/12/2013 10h02

A promotora de eventos Jeany Mary Corner foi presa nesta segunda-feira (2) em Brasília durante a operação Red Light, da Polícia Civil. Ela é acusada de favorecimento à prostituição e outros crimes. Um policial militar também foi detido.

As outras pessoas presas são Paulo Jorge Corner, Vilma Aparecida Pessoa Nobre, Marilene Fernandes de Oliveira, Angela Aparecida de Castro, Alexandre Nunes dos Santos, Henrique Luiz da Silva, Maria das Graças Rute da Silva e Klilson da Silva Marinho. A reportagem do UOL não conseguiu localizar os advogados dos suspeitos.

De acordo com a corporação, as investigações começaram em junho deste ano a partir de denúncias de que os suspeitos estariam envolvidos nos crimes de rufianismo – tirar proveito da prostituição -, pedofilia, exploração sexual de menores e tráfico de drogas.

A polícia identificou a ação de três grupos distintos que trocavam informações e se uniam no agenciamento de garotas de programa. Os suspeitos usavam sites para oferecer atividades de prostituição envolvendo, além de mulheres, homens e travestis.

O esquema aliciava pessoas em todo o país e as trazia para o Distrito Federal e também levava mulheres do DF para fazer programas em outros estados.

Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão, e 24 carros de luxo foram confiscados.

Jeany Mary Corner ficou conhecida no meio político após se transformar em um dos pivôs do escândalo que derrubou Antônio Palocci do Ministério da Fazenda durante o primeiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Neste ano, uma operação da Polícia Federal descobriu que integrantes de quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão municipais usaram prostitutas para cooptar prefeitos e gestores para o esquema criminoso, de acordo com a investigação. À época, Corner também foi acusada de participação no esquema, mas negou.