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Ex-dono da Lousano é preso ao tentar embarcar para os EUA

O empresário e ex-dono da empresa Lousano Pascoal Grassioto, 62 - Divulgação
O empresário e ex-dono da empresa Lousano Pascoal Grassioto, 62 Imagem: Divulgação

Do UOL, em Maceió

30/12/2013 10h13

A PF (Polícia Federal) em Pernambuco prendeu, na tarde deste domingo (29), o empresário e ex-dono da empresa Lousano Pascoal Grassioto, 62. Ele foi detido no aeroporto Gilberto Freyre, no Recife, quando tentava embarcar para os Estados Unidos.

Segundo a PF, o empresário tinha mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz da 1ª Subseção Judiciária Federal de São Paulo. Ele é acusado de crimes como sonegação fiscal, formação de quadrilha e obtenção por fraude de financiamento em instituição financeira.

Fundada em 1967, a Lousano Indústria de Condutores Elétricos Ltda. se tornou uma das maiores empresas do país na produção de condutores elétricos e eletrônicos para o mercado da construção civil. Grassioto assumiu a empresa em 1984. Catorze anos depois, a empresa entrou em concordata por conta de crise financeira e fechou as portas no início dos anos 2000.

A prisão

Segundo a PF, Pascoal Grassioto tentava embarcar para o casamento do filho em um voo da empresa Copa Airlines. A cidade que seria o destino do empresário não foi informada.

Ele passou por exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) do Recife e foi encaminhado para o Cotel (Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna), onde está à disposição da Justiça paulista.

A PF informou que Grassioto se mostrou “surpreso” ao ser informado sobre o mandado de prisão. Segundo o documento, o empresário foi procurado por oficiais de Justiça nos seis endereços informados, mas não foi encontrado. Ele deveria ter comparecido a audiências para ser informado sobre o cumprimento de sentença de pena alternativa. Como não foi encontrado, teve a pena convertida em prisão e deve ficar detido por três anos e quatro meses.

Essa não é a primeira vez que Grassioto é preso. Em 2003, ele foi detido em São Paulo, com outras sete pessoas. Todos foram acusados de sonegação fiscal e formação de quadrilha. Apuração do Denarc descobriu um caso de sonegação fiscal, ao encontrar, no porta-malas de um carro, 2.500 notas fiscais frias da Lousano. As investigações apontaram que a empresa havia emitido pelo menos 15 mil notas frias em apenas dois meses.

O UOL não conseguiu localizar o advogado do empresário para que comentasse as acusações e procedimentos a serem adotados.