Investigação é a saída para reduzir roubos em SP, dizem especialistas
Os casos de roubos estão em alta no Estado de São Paulo. O total de ocorrências chegou a 257.054 em 2013, o índice mais alto desde 1999 e que representa uma alta de 8% na comparação com 2012. A quantidade de roubos de veículos também tem crescido: vem se equiparando à quantidade de furtos e chegou a passá-la em dezembro do ano passado. Especialistas afirmam que o caminho para combater o crime contra o patrimônio é o investimento em investigação.
“Tem de acender a luz vermelha na polícia”, afirma o coronel José Vicente da Silva Filho, professor do Centro de Altos Estudos de Segurança da Polícia Militar. “Além de tentar controlar os homicídios, o grande desafio do governo é o crime o contra patrimônio."
Silva Filho associa o aumento dos roubos de veículos à modernização dos equipamentos de segurança. Com mais dificuldade para praticar um furto, o criminoso parte para o roubo do carro. A alta dos roubos denota um amento do emprego da violência por parte dos ladrões. “O criminoso está mais ousado e violento. Isso é extremamente preocupante."
Na opinião do coronel, o combate a esse tipo de crime requer investigação e articulação entre as polícias civil e militar. No entanto, o momento não seria favorável à articulação porque, segundo ele, os policias militares estão insatisfeitos desde o fim do ano passado quando o governo paulista decidiu conceder aumento maior aos policiais civis.
A advogada e cientista social Carolina Ricardo, coordenadora do Instituto Sou da Paz, também prega investimentos em investigação e lembra que o crescimento dos crimes contra o patrimônio torna a violência mais presente na vida da população.
“O crime contra o patrimônio vem aumentando, e ele afeta brutalmente a sensação de insegurança”, afirma a advogada e cientista social Carolina Ricardo, coordenador do Instituto Sou da Paz. “É importante investir na investigação desse tipo de crime”.
A alta dos latrocínios, afirma Carolina, está associada ao aumento dos roubos. “É preciso da resposta a cada um dos casos (de latrocínio)”.
Homicídios
O número de vítimas em homicídios dolosos caiu de 5.209 em 2012 para 4.733 em 2013, uma redução de 9%. “Não é pouco nem motivo para comemoração, mas é um resultado bastante satisfatório”, afirma o coronel José Vicente.
Esse tipo de crime caiu consideravelmente neste século. Em 1999, o Estado havia registrado 12.818 homicídios, o que representava um índice de 35,27 por 100 mil habitantes. Em 2013, esse índice ficou em 10,49 por 100 mil habitantes. “Vai ficar difícil baixar a partir de agora”, diz o coronel da reserva.
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