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Racha mata criança que voltava da igreja com família na Bahia

Mário Bittencourt

Do UOL, em Vitória da Conquista (BA)

06/02/2014 18h27

Um menino de 3 anos morreu em Vitória da Conquista (328 km de Salvador), na noite de quarta-feira (5), ao ser atropelado por um veículo suspeito de roubo que participava de um racha. O motorista fugiu do local sem prestar socorro.

João Vitor de Jesus Pereira Santos vinha de uma igreja com o pai, a mãe e mais quatro irmãos, quando parte da família foi atingida pelo Fiat Uno que seguia na contramão em alta velocidade. O menino morreu na hora.

No acidente, o pai, Jailton Mota Pereira, 35, e a irmã dele, Stéfani de Jesus Pereira Santos, 10, também foram atingidos.

Os outros membros da família não foram atingidos porque estavam caminhando logo atrás. Jailton teve várias fraturas expostas, mas passou por cirurgia e não corre risco de morrer.

Já Stéfani, está em coma induzido num hospital da cidade, onde passou por cirurgia. Segundo boletim médico divulgado na tarde desta quinta-feira (6), o quadro dela é estável, porém ainda grave. Ela respira com ajuda de aparelhos.

Policiais militares que estavam no local do acidente nesta quinta informaram ao UOL que o Uno é suspeito de roubo porque estava com a placa de um Celta. O carro caiu numa valeta de escoamento de águas da chuva, logo após atingir a família.

O acidente ocorreu numa avenida que margeia um condomínio do Minha Casa, Minha Vida. A família morava num dos imóveis do condomínio.

Revoltados com o caso, moradores do local realizam manifestação no local e bloqueiam a via durante todo o dia. Eles fizeram uma barreira com ferros, paus e pneus, nos quais foram ateados fogo. E incendiaram também o veículo do acidente.

Moradores relataram que ainda tentaram segurar o motorista do veículo, mas ele conseguiu fugir quando as pessoas passaram a se preocupar mais em dar socorro às vítimas do acidente. O outro carro que participava do racha fugiu do local.

“Nós vamos à busca do irresponsável que causou essa tragédia na minha família”, disse o tio de João Vitor, Joilson Mota Pereira, 28. 

Para eles, a avenida onde houve o acidente já era para ter quebra-molas há muito tempo, pois passam carros em alta velocidade constantemente.