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Nível do sistema Cantareira, em SP, cai para 19,8%, o menor da história

Do Estadão Conteúdo, em São Paulo

09/02/2014 15h59Atualizada em 09/02/2014 17h53

O nível do reservatório de água do Sistema Cantareira, que abastece quase 10 milhões de habitantes da capital paulista e da Grande São Paulo, está em 19,8%, informou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) neste domingo (9). É o nível mais baixo da história dos reservatórios do Cantareira, criados em 1974, e que têm registrado chuvas abaixo da média.

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Apesar da situação, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) descartou um racionamento de água no Estado.

Segundo levantamento diário da Sabesp, até este domingo o volume de chuva acumulado para o mês no sistema é de 1,3 milímetro, ante média histórica do mês de 202,6 milímetros.

Em janeiro, as chuvas também ficaram bem abaixo da média, em 87,8 milímetros, ante 259,9 milímetros esperados para o período. No final do mês, o volume de água no reservatório era de 22,2%.

A Sabesp está oferecendo desconto de 30% na conta dos usuários abastecidos pelo sistema Cantareira que economizarem pelo menos 20% do consumo médio dos últimos 12 meses.

Em São Paulo, zona norte, centro e partes das zonas leste e oeste são abastecidos pelo sistema. Na Grande São Paulo, Barueri, Caieiras, Carapicuíba, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapevi, Jandira, Osasco e Santana de Parnaíba dependem da reserva da Cantareira.

Alckmin diz que não haverá racionamento

Em visita oficial a Taubaté, no Vale do Paraíba, Alckmin comentou que o momento é para investir em campanhas educativas para evitar o desperdício dos recursos hídricos.

"Neste momento não haverá racionamento", afirmou, acreditando que a chegada das chuvas deverá trazer um alívio para os baixos níveis dos reservatórios.

Entre as ações sugeridas pelo governador estão economia de água ao escovar os dentes com a torneira desligada e mais rapidez nos banhos. "Todos colaborando não vai faltar água", incentivou.

Na região metropolitana de São Paulo, cidades como Guarulhos, Diadema e São Caetano já adotaram medidas de racionamento de água. Sorocaba também instituiu a política.

Sabesp diz que nada muda

Em nota, a Sabesp informou que não deverá fazer alterações na operação do sistema Cantareira. "A Sabesp esclarece que o fato do sistema Cantareira estar abaixo dos 20% não altera as medidas operacionais. Apesar de ser o menor índice da história do sistema, a Companhia espera as chuvas previstas para a segunda quinzena de fevereiro", disse a empresa.