Greve de garis no Carnaval faz ruas no Rio amanhecerem cheias de lixo
As ruas da região central do Rio de Janeiro amanheceram cobertas de lixo nesta segunda-feira (3), devido à paralisação de um grupo de centenas de garis em meio ao Carnaval. Ontem, mais de 90 blocos desfilaram pela cidade.
Na Lapa, montanhas de lixo se acumulavam nas esquinas. Na rua Uruguaiana, no centro, o lixo ocupava toda a rua. “Estava péssimo. [A gente] desviando do lixo. É uma vergonha”, disse uma mulher em entrevista ao telejornal “Bom Dia Rio”.
Bairros turísticos, como Copacabana e Ipanema, apresentavam grandes acumulações de lixo nesta segunda. O lixo se amontoava até nas arquibancadas do sambódromo, onde ocorreu a primeira noite desfile das escolas de samba do grupo especial.
Centenas de trabalhadores de limpeza urbana em greve se manifestaram no sábado (1) e no domingo (2) para reivindicar melhorias salariais. Hoje, cerca de 150 garis protestaram na Central do Brasil. Eles chegaram a fechar uma pista da avenida Presidente Vargas.
Os lixeiros pedem para ser compensados pelo trabalho extra das celebrações carnavalescas, das quais participam cerca de 4 milhões de pessoas --incluindo 918 mil turistas-- que deixam toneladas de lixo nas ruas da cidade. Eles exigem também uma alta salarial de R$ 803 para R$ 1.200.
A companhia municipal de limpeza (Comlurb) afirmou que a greve é ilegal. No sábado, o Tribunal Regional do Trabalho considerou a greve abusiva. A Prefeitura do Rio de Janeiro e o sindicato municipal dos garis negaram, por meio de um comunicado, a existência de uma greve. O sindicato atribuiu a um "grupo sem representatividade" a propagação de "rumores de ameaça de paralisação". (Com Efe)
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