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Dilma diz que episódio de Pinheirinho, em SP, "nunca será esquecido"

Do UOL, em São Paulo

25/03/2014 12h35

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta terça-feira (25), em São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo), a ordem de serviço para o início da construção de 1.461 unidades habitacionais destinadas a famílias despejadas da área do Pinheirinho em 2012. As unidades fazem parte do programa federal Minha Casa, Minha Vida.

Horas antes, em sua conta no Twitter, Dilma disse que o episódio do Pinheirinho “nunca será esquecido”.

Cerca de 1.700 famílias viveram no local de 2004 até janeiro de 2012, quando o empresário Naji Nahas, dono das terras, ingressou na Justiça com um pedido de reintegração de posse. A retirada dos moradores, conduzida pela Polícia Militar, foi alvo de denúncias de violência e abusos.

A Promotoria de Justiça de São José denunciou em 2013 o coronel da PM Manoel Messias Melo, comandante da operação de reintegração de posse, por abuso de autoridade e por expor a vida ou a saúde de pessoas "a perigo direto e iminente".

Criticado à época, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), não compareceu à cerimônia. Ele foi representado pelo secretário da Habitação, Silvio Torres.

Outras 239 unidades devem ser erguidas para as famílias do Pinheirinho. O investimento total será de R$ 165 milhões.

Nesta terça, Dilma procurou destacar a articulação dos governos municipal, estadual e federal com os movimentos sociais para definir a construção das casas para as famílias do Pinheirinho.

Segundo Dilma, o governo federal investirá R$ 134 milhões nas obras e o governo estadual, aproximadamente R$ 34 milhões. A Prefeitura de São José aplicará R$ 8,4 milhões na rede de água e esgoto.

“Foi a partir do diálogo com o movimento social e entre os governos federal, estadual e municipal que somamos recursos para os residenciais”, afirmou Dilma.

Nesta tarde, Dilma entrega em Bauru (343 km a noroeste de São Paulo) 944 unidades habitacionais de dois conjuntos do programa Minha Casa Minha Vida. (Com Agência Brasil)

Ato marca dois anos da desocupação do Pinheirinho