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Corpo esquartejado em Porto Alegre é de morador da área, dizem testemunhas

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

31/03/2014 08h20

O corpo esquartejado encontrado na madrugada desta segunda-feira, em um contêiner de lixo, no centro de Porto Alegre, pode ser de um trabalhador da região. Segundo a polícia, testemunhas acreditam que trata-se de um morador da região metropolitana que trabalhava distribuindo panfletos de boates próximas ao local.   

O corpo foi achado na avenida Alberto Bins, entre as ruas Barros Cassal e Conceição, um dos pontos mais movimentados da cidade. Cabeça, tronco, braços e pernas estavam separados em sacos plásticos pretos e foram achados por uma coletora de materiais recicláveis.   

Cabeça encontrada na Sé pertence a corpo esquartejado

Conforme peritos que estiveram no local, o estado do corpo revela que o crime tenha ocorrido ainda na noite de domingo (30). 

Os primeiros policiais que chegaram ao local se surpreenderam com o que encontraram. "A princípio eu tinha imaginado que era um mendigo dormindo porque eles usam os contêineres para isso", contou o sargento da Brigada Militar Eduardo de Oliveira. 

"É uma condição atípica. [As testemunhas] não nos passaram qualquer tipo de desentendimento envolvendo a possível vítima em fatos recentes", relatou o delegado João Abreu.

Esquartejador usou esponjas para absorver sangue de vítima de Higienópolis


Esquartejamento em SP

O caso de Porto Alegre guarda várias semelhanças com outro que está sendo investigado em São Paulo. Um corpo esquartejado foi encontrado há mais de uma semana dentro de sacos plásticos no bairro de Higienópolis. A cabeça foi achada na Praça da Sé dias depois. No sábado (29), o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, confirmou que a cabeça encontrada na Praça da Sé pertencia ao corpo. "Agora vamos tentar identificar a vítima, que é parte importante da investigação", afirmou.

A polícia ainda procura a bacia, com os órgãos genitais, e as pontas dos dedos, que foram cortadas.

Segundo a polícia, o corpo era de um homem entre 30 e 40 anos, moreno e com bigode. Como a cabeça estava em estado de decomposição, foi impossível fazer o reconhecimento visual.

A cabeça foi encontrada por um morador de rua em um saco plástico no chão, ao lado de uma fonte na Praça da Sé, quando ele estava buscando comida. O morador de rua abriu o material, sentiu um forte cheiro e chamou a Guarda Civil Municipal.

As primeiras partes da vítima foram achadas no dia 23 de março. Um morador de rua que revirava o lixo achou uma perna inteira, o pedaço de outra e dois braços em um saco de lixo preto, na esquina das ruas Sabará e Sergipe, por volta das 8h.

A cerca de 450 metros dali, na rua Coronel José Eusébio, uma mulher que fazia o serviço de limpeza da rua achou outra parte do corpo em um carrinho de feira, por volta do meio-dia. O terceiro pedaço do corpo, uma coxa, estava em uma floreira da rua da Consolação.

Morador de rua procurava comida quando achou cabeça na Praça da Sé