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Advogado diz que amiga de madrasta de Bernardo é inocente

A assistente social Edelvania Wirganovicz, 40, disse que foi coagida a assinar depoimento sem ler - Reprodução/Facebook
A assistente social Edelvania Wirganovicz, 40, disse que foi coagida a assinar depoimento sem ler Imagem: Reprodução/Facebook

Lucas Azevedo

Do UOL, em Porto Alegre

22/04/2014 21h01

A assistente social Edelvania Wirganovicz, 40, suspeita de participar da morte de Bernardo Boldrini,11, afirma que é inocente, que não participou do assassinato e que foi coagida a assinar seu depoimento à polícia. A informação foi dada pelo seu defensor, Demetryus Eugenio Grapiglia. Ela é suspeita de ser cúmplice da madrasta do menino, Graciele Ugulini, 32, e do pai, Leandro Boldrini, 38.

O advogado assumiu a defesa da suspeita na tarde desta terça-feira (22). Ele a visitou onde ela se encontra presa e repetiu o que diz ter ouvido de Edelvania: "Não dispensei [advogado durante depoimento à polícia], muito pelo contrário. Não me foi disponibilizado advogado. Simplesmente me deram um papel para assinar e assinei", teria afirmado a suspeita. "Não quero desmerecer o trabalho policial, mas é isso que minha cliente me narrou", disse Grapiglia.

Conforme o advogado, Edelvania assume que auxiliou Graciele a enterrar o corpo de Bernardo, e que a cova foi aberta logo depois que a madrasta aplicou a injeção letal no menino, e não dois dias antes, como defende a polícia.

"Ela está com a consciência tranquila porque não matou. Ela está abalada, fragilizada, e demonstra arrependimento por ter ocultado [o corpo]", disse o advogado.

Segundo ele, Edelvania disse que foi coagida e ameaçada por Graciele para ajudá-la, e que nenhuma remuneração lhe foi dada em troca. "Ela diz que o erro foi aceitar a pressão psicológica e ter ajudado a enterrar o menino", afirmou Grapiglia.

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