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Metroviários do Rio aceitam proposta e descartam greve da categoria

Em assembleia, os metroviários aceitaram a proposta encaminhada pelos patrões - Edson Taciano/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
Em assembleia, os metroviários aceitaram a proposta encaminhada pelos patrões Imagem: Edson Taciano/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

10/06/2014 21h22

O Simerj (Sindicato dos Metroviários do Rio de Janeiro), que cobrava aumento de 15%, aceitou uma proposta de reajuste salarial de 8% encaminhada pela concessionária MetrôRio, em assembleia realizada nesta terça-feira (10), no Rio de Janeiro, descartando assim a possibilidade de uma greve da categoria. Com isso, a operação ocorrerá normalmente nesta quarta (11).

Para quem recebe o piso, o aumento será ainda maior: 15%. O reajuste é retroativo ao mês de maio. Os metroviários também terão aumento nos valores da cesta básica e do vale-alimentação.

Na última quinta-feira (5), os metroviários haviam determinado estado de greve por conta do impasse nas negociações. Além da correção real de 15%, eles exigiam 6,7% de reajuste de acordo com o INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor), elevação do piso da categoria --de R$ 750 para R$ 993--, aumento da cesta básica (de R$ 130 para R$ 279) e do vale-alimentação (de R$ 20,90 para R$ 31 por dia).

Uma paralisação dos metroviários no Rio poderia trazer problemas para quem comprou ingressos para os jogos do Mundial no Maracanã, uma vez que o sistema é o principal acesso ao estádio que será palco da final da Copa.

Os metroviários reclamavam, sobretudo, de ter o "menor salário dentre todos os metrôs do país". Segundo o sindicato da categoria, um técnico especializado, com mais de dez anos de experiência, receberia em torno de R$ 1.500.

Rodoviários

O movimento grevista dos motoristas e cobradores de ônibus do Rio ficou enfraquecido após o TRT-RJ (Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro) considerar ilegal a greve dos rodoviários do município e manter multa ao Sintraturb (Sindicato Municipal dos Empregados de Empresas de Transporte Urbano) de R$ 50 mil por dia parado. De acordo com a decisão da Seção Especializada em Dissídios Coletivos, os trabalhadores ainda poderão ter os dias de greve descontados do salário.

Durante três oportunidades, os rodoviários realizaram paralisações no transporte público da cidade à revelia do acordo fechado pelo Sintraturb com as empresas de ônibus, por não concordarem com os termos assinados, que garantem reajuste salarial de 10%. Na última quinta-feira (5), foi convocada uma assembleia para decidir a paralisação por tempo indeterminado, mas não houve presença suficiente para a a votação.