Vazão das Cataratas do Iguaçu diminui, mas ainda é 8 vezes acima do normal
Osny Tavares
Do UOL, em Curitiba
13/06/2014 11h48
Depois de registrar a maior vazão de água já vista pelo homem, as Cataratas do Iguaçu, no Paraná, recuaram de volume e, na manhã desta sexta-feira (13), registram a passagem de 12 milhões de litros por segundo. A vazão ainda é oito vezes maior que o normal (1,5 milhão de litros por segundo), resultado das chuvas que caíram sobre Paraná e Santa Catarina no último fim de semana.
A passarela de observação sobre as quedas continua interditada por precaução. A reabertura depende da diminuição do volume da água. Porém, além da possibilidade de novas chuvas no fim de semana, represas ao longo do rio Iguaçu começam a abrir comportas para liberar o excesso de água, desembocando na foz.
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Mesmo sem registro de chuva, a vazão das cataratas subiu 3 milhões de litros durante a madrugada de sexta, de acordo com monitoramento da Copel (Companhia Paranaense de Energia Elétrica).
Na segunda-feira, as cataratas registraram a maior vazão da história, com a passagem de 46 milhões de litros por segundo, 30 vezes acima do normal. O volume quebrou um recorde de 1983, quando foram medidos 35 milhões de litros.
Mais chuvas
Para este fim de semana, a previsão é de mais chuvas nas regiões atingidas pela enchente. Segundo o Instituto Tecnológico Simepar, uma frente fria se descola do Rio Grande do Sul e deve trazer precipitações para o norte de Santa Catarina e diversas regiões do Paraná.
“A situação é preocupante. Embora o volume esperado não seja o mesmo do último sábado e domingo, a chuva deve manter ou elevar o nível dos rios, impedindo de retornar para casa as pessoas que estão esperando a água baixar”, diz Lisandro Jacobsen, meteorologista do Simepar. Noventa mil pessoas ainda estão desalojadas na região.
Segundo as simulações do instituto, a quantidade de chuva deve ficar entre 70 e 100 mm. “Esse valor pode variar bastante entre as cidades, mas as comunidades ao longo da bacia do Iguaçu podem ser afetadas pela água trazida pelo rio”, ressalta Jacobsen.