Construtora nega relação entre elevado interditado e desabamento em BH
A construtora Cowan, responsável pela obra do viaduto que desabou nesta quinta-feira (3), em Belo Horizonte, negou qualquer relação entre o ocorrido e a paralisação na construção de outro viaduto por dois dias em fevereiro deste ano, devido a rachaduras e comprometimento na estrutura.
Na queda do viaduto Batalha dos Guararapes, que fica na região da Pampulha, Charles Frederico Moreira, 25, e Hanna Cristina dos Santos, 26, morreram e outras 23 pessoas ficaram feridas.
Em nota, nesta sexta-feira (4), a Cowan informou que o obra no viaduto Montese “não tem quer relação com o acidente dessa quinta-feira, sendo que são obras independentes e distintas”.
O comunicado ainda afirma que a empresa “mantém-se solidária e oferecendo total apoio às vítimas e aos familiares”.
A Cowan diz ainda que “mantém uma equipe composta por psicólogos, médicos e assistentes sociais à disposição das vítimas e familiares”.
Com relação à obra de construção do viaduto, a Cowan informou que uma perícia foi contratada para avaliar as causas do acidente. Os resultados devem sair em 30 dias. A construtora ainda disse que o Batalha de Guararapes será demolido para a liberação das pistas.
A Cowan afirmou que “todos os procedimentos e materiais utilizados (na construção do viaduto) passaram pelos testes obrigatórios, atendendo as normas vigentes, sem apresentarem qualquer problema”.
Bombeiros não descartam mais vítimas
Embora o Corpo de Bombeiros trabalhe com a informação de apenas duas vítimas, a corporação não descarta a possibilidade de encontrar mais vítimas embaixo dos escombros do viaduto Batalha dos Guararapes.
Segundo o capitão Frederico Pascoal, chefe da assessoria de comunicação dos Bombeiros, a possibilidade existe porque as imagens do desabamento não deixam claro se havia algum pedestre no local no momento da queda.
Pascoal ainda afirmou que a corporação não descarta a possibilidade de demolição de outro elevado no complexo Antônio Carlos/Pedro 1º, vizinho ao viaduto que desabou. Ele explica, porém, que a questão só será definida após as vistorias técnicas.
Ele informou que o local do acidente está sendo periciado e o laudo dos Bombeiros apontando a causa do acidente deve ser concluído em 30 dias. No entanto, as primeiras vistorias feitas pelos Ibape (Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de Engenharia) de Minas Gerais indicam que uma das possíveis causas da tragédia seria o afundamento do pilar principal após a retirada das escoras.
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