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Movimentos anticapitalistas e partidos engrossam atos contra a tarifa em SP

Márcio Padrão

Do UOL, em São Paulo

30/01/2015 06h00

No início de 2015, quando a Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado oficializaram o aumento de R$ 3,00 para R$ 3,50 na tarifa dos transportes, o MPL (Movimento Passe Livre) voltou a realizar manifestações, assim como fizeram em 2013 --quando chegaram a mobilizar até 1 milhão de pessoas em todo o país. Enquanto a tarifa nova não cai, o MPL mantém o discurso que não vai parar com os atos. E não está sozinho nisso.

Apesar de ser o movimento mais conhecido do público, os atos contam regularmente com o apoio de outras entidades e partidos de esquerda. Além disso, adeptos da tática black bloc (que prega a depredação do patrimônio público e privado) costumam aderir voluntariamente aos atos, embora o MPL reitere que os protestos têm caráter pacífico.

Veja também

Veja abaixo alguns dos grupos que participam com frequência dos protestos promovidos pelo MPL em São Paulo.

Imagem: Ernesto Rodrigues/Folhapress

Território Livre

Criado em 2006, o grupo reúne estudantes e operários e se define como "uma palavra de ordem e revolta contra toda repressão estatal-policial-burocrática". Critica  o que chamam de "constante vigilância da polícia". O Território Livre diz participar da luta contra o aumento das passagens de ônibus desde 2013. Usa a cor vermelha em suas bandeiras e camisetas.

Imagem: Fernando Neve/Futura Press/Estadão Conteúdo

Juntos!

Juntos! é um movimento nacional que reúne jovens e surgiu no início de 2011 em São Paulo. Algumas das causas defendidas são a democratização do transporte público e do ensino --pedem 10% do PIB para a educação pública--, os direitos dos grupos LGBT e o combate ao preconceito e racismo. Vestem a cor amarela.

Imagem: Dario Oliveira/Código 19/Estadão Conteúdo

RUA Juventude Anticapitalista

Com estandarte e camisas laranjas, o RUA Juventude Anticapitalista nasceu no Rio de Janeiro em 2013. Atualmente está presente em 15 Estados brasileiros. É formado por universitários e defende o passe livre para toda a população, além dos direitos das mulheres, dos grupos LGBT e dos negros. 

Imagem: Reprodução/Twitter

Fanfarra do M.A.L.

Fanfarra do M.A.L. (sigla para Movimento Autônomo Libertário) é caracterizada por um estandarte vermelho e preto e geralmente usa instrumentos percussivos e de sopro nos atos. Alguns dos princípios defendidos são o apartidarismo e o anticapitalismo.

Imagem: Divulgação/Anel

Anel

Lançada como uma alternativa à Une (União Nacional dos Estudantes), a Anel --sigla para Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre!-- almeja que 2% do PIB brasileiro seja dedicado ao transporte público. Além dos interesses estudantis, buscam apoiar causas trabalhistas e sindicais. Seus integrantes vestem camisetas verdes.

Imagem: Dario Oliveira/Código 19/Estadão Conteúdo

Sindicato dos Metroviários

Além de defender o barateamento das passagens de metrô para a população, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo participou dos atos deste mês. Eles pedem a readmissão dos funcionários que foram demitidos na greve de 2014.

Imagem: Ernesto Rodrigues/Folhapress

Partidos de esquerda - PCO, PSOL e PSTU

Em 2013, a participação de militantes de partidos políticos nos protestos do MPL gerou críticas. Militantes de legendas  foram acusados de "oportunismo" e hostilizados por manifestantes. Hoje a situação parece ser de convivência pacífica. "Nós estamos sempre participando das assembleias do Passe Livre", diz Antônio Carlos Silva, secretário da executiva nacional do PCO (Partido da Causa Operária).

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