Criminosos incendeiam 2 ônibus em Santa Catarina e PM teme emboscada
Dois ônibus foram incendiados na noite dessa sexta-feira (27) no sul de Santa Catarina, um em Criciúma e outro na estrada que liga este município a Morro da Fumaça, ambos a 200 km de Florianópolis.
As guarnições do 9º batalhão da Polícia Militar já esperavam os ataques que, segundo o órgão, seriam emboscadas. Por isso não atenderam as ocorrências. Nenhuma delas teve vítimas, exceto por um jornalista apedrejado por populares na cena de um dos incêndios, com ferimentos leves.
A PM informou que aguardava os ataques como retaliação à morte de dois homens em confronto com policiais na noite de quinta-feira.
Conforme a PM, vários homens pararam um ônibus da empresa Forquilhinhas por volta das 20h30 na rua Silvino Rovaris, obrigaram os passageiros a descer e atearam fogo no veículo. Em seguida, dispararam tiros no ônibus em chamas. A PM foi chamada, mas não compareceu ao local.
Em protesto contra a insegurança e por conta das mortes do dia anterior, moradores apedrejaram os bombeiros enquanto eles combatiam o fogo, forçando-os a deixar a cena do crime.
Segundo o coronel Márcio Cabral, comandante do 9º batalhão da PM, o setor de inteligência apura os crimes como possível vingança pela morte de dois homens no confronto de quinta-feira, mas também como obra de criminosos ligados aos grupos que cometeram ataques idênticos em 2012. De acordo com o coronel, o indicativo da segunda hipótese é o local onde foi queimado o primeiro ônibus, localizado na mesma rua onde começaram os ataques a ônibus em 2012.
Um segundo ônibus foi atacado da mesma forma, numa estrada próxima, pouco antes da meia-noite. A PM também não atendeu a ocorrência, sob a alegação de que várias denúncias falsas ao telefone 190 foram feitas da região, apenas para atrair policiais e possivelmente emboscá-los.
Somando estes dois mais recentes ataques, já são seis os ônibus queimados em dez dias no Estado desde a segunda-feira de Carnaval. Os outros quatro aconteceram na capital.
Em Florianópolis, a Polícia Civil iniciou uma investigação focada nos integrantes do PGC (Primeiro Grupo Catarinense), organização nascida nos presídios e que coordenou as três ondas de ataques ocorridas em Santa Catarina nos últimos anos.
A última série ocorreu em outubro do ano passado, igualmente após uma ação policial com morte de criminosos. Daquela vez foram cinco. Em retaliação, a resposta do PGC teria sido uma onda com cem incêndios em 33 cidades.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.